Os advogados do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin
Martins, Valeska Teixeira Martins e o britânico Geoffrey
Robertson, apresentaram novo documento ao Alto Comissário das Nações
Unidas para os Direitos Humanos da ONU, para o qual já havia protocolado uma petição
em julho do ano passado, com o objetivo de denunciar os abusos do juiz Sergio
Moro, da Lava Jato, no processo contra Lula; desta vez, a defesa pretende
atualizar o comitê sobre as violações, com fatos como a sentença do
tríplex, que condenou o ex-presidente a 9 anos e meio de prisão, e que para a
defesa "contém violações grosseiras de direitos humanos", e a
presença de Moro no lançamento do filme sobre a Lava Jato, que apresenta Lula
como culpado sem decisão definitiva contra ele
247 - Os advogados
Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Martins e o australiano naturalizado
britânico Geoffrey Robertson apresentaram novo documento ao Alto Comissário das
Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU.
O
objetivo foi atualizar o comitê sobre as violações relevantes ocorridas desde
que a petição foi apresentada na ONU em 28 de julho de 2016 e seguida de uma
réplica em 22 de maio de 2017.
O novo
documento foi protocolado nesta quinta-feira 5, em Genebra, na Suíça, e inclui
a sentença do tríplex, que para a defesa "contém violações grosseiras de
direitos humanos", além das declarações dadas à imprensa pelo
desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente do Tribunal
Regional Federal da 4ª. Região (TRF4), de Porto Alegre.
O
documento também relata outros fatos ocorridos desde a última manifestação,
como a presença do juiz Sérgio Moro no lançamento do filme "Polícia
Federal - A Lei é para Todos", sobre a Lava Jato, que apresenta o
ex-presidente como culpado sem que haja qualquer decisão definitiva contra ele.
"A
sentença proferida pelo Moro como juiz de primeira instância equivale a uma
profecia que se cumpre pelo Moro juiz da investigação", alerta a advogada
Valeska Teixeira Martins. "Juntamos a sentença para atualizar estas
violações ocorridas desde maio de 2017, quando protocolamos a réplica",
afirma.
Para
Geoffrey Robertson, Lula deveria ter sido julgado por um juiz imparcial, como
previsto no artigo 14(1) do Pacto de Direitos Civis e Políticos da ONU.
"Lula foi julgado e condenado por um juiz parcial, o que é
inconcebível", afirma Robertson, que é referência mundial na área dos
direitos humanos.
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