Ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux homologou a
delação premiada do empresário Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora
Valor; Souza detalha um esquema de desvio de verbas públicas para o governador
do Paraná, Beto Richa (PSDB); segundo o delator, o dinheiro era desviado da
construção de escolas e pagaram a campanha de Beto Richa ao governo do estado
em 2014; dos cerca de R$ 20 milhões desviados, R$ 12 milhões abasteceram a
campanha do tucano
Paraná 247 - O ministro
do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, homologou na sexta-feira (08) a delação
premiada de Eduardo Lopes de Souza, dono da Construtora Valor, investigada na
Operação Quadro Negro. Na delação, o empresário citou os nomes do
governador Beto Richa (PSDB) e outros políticos do estado, em um esquema que,
de acordo com o delator, desviava dinheiro de obras em escolas públicas em
contratos irregulares.
Com a
homologação, a Procuradoria Geral da República passa a realizar uma
investigação, a partir dos fatos relatados pelo empresário. Segundo o
Ministério Público, a empresa de Eduardo Lopes de Souza recebeu dinheiro para
construir e reformar sete escolas, mas as obras mal saíram do papel.
Segundo os promotores, o esquema desviou pelo menos R$ 20 milhões dos cofres
públicos. Do montante, R$ 12 milhões foram usados para abastecer a campanha de
Beto Richa, em 2014.
Souza
afirma ter pago propina ao secretário-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, ao
presidente da Assembléia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano, ambos do
PSDB, e ao primeiro-secretário da Alep, o deputado Plauto Miró, do
Democratas. Ainda segundo o delator, a empresa deu dinheiro para caixa
dois na campanha do deputado estadual Tiago Amaral, do PSB. Souza prometeu
abrir mão de bens e, em troca, ganhou o benefício de não ser preso e de usar
tornozeleira eletrônica por dois anos.
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