O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, determinou a prisão dos empresários Joesley Batista e Ricardo
Saud, delatores da JBS; Fachin negou o pedido de prisão do ex-procurador
Marcello Miler; pedidos de prisões foram feitos pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, após divulgação de conversas entre Joesley e Saud que
apontam suposta participação do ex-auxiliar de Janot na negociação do acordo de
delação premiada do grupo J&F; termo de delação prevê que o acordo perderá
efeito se, por exemplo, o colaborador mentiu ou omitiu, se sonegou ou destruiu
provas
247 – O ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão dos empresários
Joesley Batista e Ricardo Saud, delatores da JBS. Fachin negou o pedido de
prisão do ex-procurador Marcello Miler.
A ordem de Fachin não significa que as prisões ocorrerão na manhã deste domingo
(10), como, normalmente, acontece com as execuções realizadas pela Polícia
Federal (PF). As prisões podem ocorrer ao longo do dia ou até mesmo nesta
segunda-feira (11).
Em
relação aos delatores, a prisão foi autorizada porque eles são suspeitos de
omitir informações dos investigadores, o que quebra cláusulas do acordo. No
caso de Marcello Miller, a suspeita é de que ele teve uma conduta criminosa ao
atuar para a J&F enquanto ainda integrava o Ministério Público.
Na
sexta-feira, Janot pediu ao Supremo, por meio de uma ação cautelar, as prisões
do empresário Joesley Batista – um dos donos do frigorífico JBS –, do diretor
de Relações Institucionais da J&F, Ricardo Saud, e do ex-procurador da
República Marcello Miller.
Com as
prisões de Joesley e Saud, o acordo de delação premiada firmado entre a J&F
e a Procuradoria Geral da República deve ser revisado. O termo de delação prevê
que o acordo perderá efeito se, por exemplo, o colaborador mentiu ou omitiu,
se sonegou ou destruiu provas.
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