César Henrique dos Santos Ferrari foi preso nesta quinta-feira em Sarandi. |
"A divulgação
da foto fez com que a polícia recebesse denúncias sobre a localização
dele", informou o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) José
Aparecido Jacovós. Segundo ele, o crime está elucidado.
Policiais descobriram que o cafezal - onde
os corpos foram encontrados - foi tomado pelo traficante e estava sendo usado
pelo crime organizado. Por estar sob linhas de transmissão de energia
elétrica de alta tensão, o local fica dentro do espaço de domínio da Eletrosul,
empresa subsidiária da Eletrobras e responsável pelas linhas de transmissão em
toda a região Sul do país.
Segundo a polícia, o local havia sido ocupado
há cerca de 13 anos por um homem, que passou a viver no local e a plantar
café.No entanto, ainda segundo os policiais, o homem foi expulso da terra por
traficantes de drogas daquela região. Há cerca de quatro meses, eles passaram a
utilizar o local como ponto de venda e consumo de drogas. As mortes das vítimas
estão relacionada com tráfico de entorpecentes.
Outros
envolvidos
Após localizar os corpos - que seriam de Arislian
Glenda Lemos, de 24 anos, e Valdecir Amarildo Gonçalves, de 52 anos - a polícia
prendeu dois suspeitos. Marcos Rafael Bota, de 23 anos, foi preso por
suspeita de ocultação de cadáver. Ele estava no local com um carrinho de mão e
uma faca. Ao dar prosseguimento com as investigações, a Polícia Civil chegou a
Rogério de Souza Bernardino, de 30 anos. Ele teve o mandado de prisão
preventiva cumprido em Mandaguari, onde estava escondido na casa da irmã.
Rogério confessou que era usuário de
drogas e comprava entorpecentes na chácara, que fica na Rua Juvenal Cantador.
Com uma dívida de R$ 80, ele conta que foi obrigado a cavar uma cova entre os
pés de café na chácara, para quitar o débito. Ele nega participação na morte
das duas vítimas encontradas no local.
Após a prisão, ele foi levado até o cafezal e mostrou
à polícia uma nova cova. “Como ele estava colaborando com as
investigações, levamos ele até a chácara e pedimos que ele nos levasse até a
cova, para fazermos uma espécie de reconstituição da participação dele, como
parte das investigações. Ficamos surpresos quando ele não nos levou à cova já
conhecida pela polícia, mas a outro ponto do cafezal. Então começamos a cavar o
ponto onde ele afirmava ter feito a escavação e encontramos cabelo, uma mão e
um pé humanos”, afirma o delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de
Apucarana, José Aparecido Jacovós.
Ainda não se sabe se os restos mortais
pertencem às vítimas já conhecidas, ou se são de outro cadáver.
“A ideia inicial era de que as duas
vítimas teriam sido enterradas juntas, na mesma cova. No entanto, agora
acreditamos que cada corpo foi colocado em covas separadas”, afirma Roberto dos
Santos, investigador responsável pelo setor de Homicídios da 17ª SDP.
Fonte: TN Online
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