Caso se tornou público em 2009 e revelou compra de passagens com verba
parlamentar para amigos e parentes de parlamentares. Para o MPF, 13.877
bilhetes foram comprados irregularmente.
Ministério Público
Federal (MPF) apresentou à Justiça 28 denúncias contra 72 ex-deputados por
envolvimento na chamada "farra das passagens aéreas", como ficou
conhecido o escândalo de viagens irregulares compradas com verba parlamentar.
As denúncias são pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público).
Veja aqui a lista completa dos políticos denunciados, segundo divulgação no
site da Procuradoria da República no Distrito Federal.
A "farra das passagens" foi revelada pelo site Congresso em Foco em 2009. Na época, o
site relatou que políticos usaram a cota parlamentar de viagens para emitir
bilhetes para amigos e parentes, em alguns casos até com destinos
internacionais.
Depois que o caso se tornou público, o então presidente da Câmara,
Michel Temer (PMDB-SP), anunciou mudanças no uso das passagens, restringindo viagens
internacionais e limitando o benefício a parlamentares e assessores.
As denúncias do MPF se referem a casos investigados entre 2007 e 2009.
As acusações foram enviadas para a Justiça Federal do DF, que agora vai
analisar se abre processo contra os ex-deputados.
O MPF considera que os 72 ex-parlamentares investigados compraram
13.877 bilhetes no esquema irregular e gastaram R$ 8,3 milhões.
Investigação de políticos com foro privilegiado
No final de julho, a Procuradoria Geral da República
(PGR) anunciou que
vai apurar se há indícios do envolvimento de 199 políticos com foro
privilegiado no Supremo Tribunal Federal com a "farra das passagens".
Os políticos com foro são aqueles que atualmente possuem mandato parlamentar,
ou são ministros do governo ou do Tribunal de Contas da União.
Na avaliação do procurador-geral, Rodrigo Janot, ainda não há indícios
suficientes de atos ilegais dos 199 políticos. Por isso, de acordo com o
procurador, é "razoável uma apuração inicial no âmbito do Ministério
Público".
Portal G1
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