Depois de condenar o ex-presidente Lula a nove anos e meio de
prisão pelo chamado "triplex do Guarujá", numa polêmica decisão, o
juiz Sérgio Moro tornou o ex-presidente réu pela terceira vez nesta
terça-feira; agora, o juiz de Curitiba aceitou denúncia do Ministério Público
no caso do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo; segundo a nova acusação,
a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin gastaram R$ 1,02 milhão em
obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a Petrobras; a denúncia
inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da empreiteira e aliados do ex-presidente,
até seu compadre, o advogado Roberto Teixeira
247 - O juiz
Sérgio Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra Lula pelo
sítio de Atibaia, e tornou o ex-presidente réu pela terceira vez. A acusação
agora é de corrupção e lavagem de R$ 1,02 milhão nas obras do sítio Santa
Bárbara, em Atibaia, interior de São Paulo. Na Lava Jato e também nas operações
Zelotes e Janus, Lula é réu em seis ações penais.
Segundo
a nova acusação, a Odebrecht, a OAS e também a empreiteira Schahin gastaram R$
1,02 milhão em obras de melhorias no sítio em troca de contratos com a
Petrobrás. A denúncia inclui ao todo 13 acusados, entre eles executivos da
empreiteira e aliados do ex-presidente, até seu compadre, o advogado Roberto
Teixeira.
"Luiz
Inácio Lula da Silva, de modo consciente e voluntário, no contexto das
atividades de organização criminosa, em concurso e unidade de desígnios com
Emílio Odebrecht, Alexandrino Alencar, Carlos Armando Paschoal, Emyr Diniz
Costa Júnior, Rogério Aurélio Pimentel, Roberto Teixeira e Fernando Bittar, no
período compreendido entre 27 de outubro de 2010 e junho de 2011, dissimularam
e ocultaram a origem, a movimentação, a disposição e a propriedade de
aproximadamente R$ 700 mil provenientes dos crimes de cartel, fraude a
licitação e corrupção praticados pela Odebrecht em detrimento da Petrobrás, por
meio da realização de reformas estruturais e de acabamento no sítio de
Atibaia", diz a denúncia do Ministério Público.
A
Procuradoria da República no Paraná anexou 415 documentos à nova denúncia.
Segundo a Procuradoria, a denúncia foi elaborada com base em depoimentos,
documentos apreendidos, dados bancários e fiscais bem como outras informações
colhidas ao longo da investigação. No material anexado pelo Ministério Público
Federal estão fotos de objetos e fotografias da família no sítio, escritura e
registro do imóvel, notas fiscais e relatórios da Polícia Federal.
Moro
condenou Lula a nove anos e meio de prisão no caso do triplex do Guarujá,
litoral de São Paulo. A sentença é a primeira do ex-presidente na Lava Jato,
por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao petista. Na mesma decisão, o
juiz de Curitiba absolveu o ex-presidente 'das imputações de corrupção e
lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial, por
falta de prova suficiente da materialidade'.
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