Foto: Marca 7/Divulgação
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Exames confirmam
que 1,1 mil bois morreram de botulismo em propriedade rural localizada no
município de Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul. Foram encontradas
toxinas no alimento dos animais. Além disso, o diagnóstico foi confirmado por
investigação clínico-epidemiológica feita no local.
As informações estão em nota divulgada na
sexta-feira (11) pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico,
Produção e Agricultura Familiar (Semagro), por meio da Agência Estadual de
Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), e pela
Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul (SFA/MS), do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo os órgãos, os primeiros resultados
dos ensaios laboratoriais feitos com amostras da silagem de milho, fornecida
aos bovinos do confinamento, demonstraram a presença das toxinas botulínicas
tipo C e D, confirmando a suspeita inicial do setor de patologia veterinária da
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. A presença das toxinas e a
investigação feita na propriedade “permite a conclusão do caso com o
diagnóstico de botulismo”, diz a nota.
A notícia da morte dos bois foi dada na
terça-feira ( 8) , pelo Iagro. A morte do gado ocorreu na fazenda Mônica
Cristina, entre 2 e 5 de agosto. Em nota, os produtores disseram que foram
tomadas todas as providências cabíveis, como a convocação de professores da
Universidade do Mato Grosso do Sul para que examinar o rebanho e a agência foi
notificada. Os procedimentos recomendados para os animais mortos também foram
cumpridos.
O botulismo é uma toxinfecção, ou seja, o
animal adquire a doença por meio da ingestão de toxinas produzidas por uma
bactéria. A toxina atua na musculatura, impedindo a contração muscular,
causando paralisia e levando a morte. Os sintomas aparecem de um a 17 dias após
a ingestão do alimento contaminado.
Apesar desse tipo de doença não ser rara
entre bovinos confinados, o número chamou atenção nacionalmente. O ministério
chegou a enviar equipe de técnicos ao local.
Na nota, os órgãos estadual e federal
explicam que o Clostridium botulinum, bactéria produtora da toxina, está
normalmente presente no ambiente e depende de condições favoráveis para o seu
desenvolvimento, tais como matéria orgânica, alta umidade e anaerobiose, “o que
pode ser evitado com boas práticas e cuidados na formulação, conservação e
armazenamento dos alimentos a serem fornecidos aos animais”.
A nota acrescenta que “todos os elos
envolvidos na cadeia produtiva têm o dever de notificar imediatamente toda e
qualquer suspeita de doenças em animais de produção, para que sejam
investigadas, minimizando possíveis prejuízos à pecuária”.
Paraná Portal
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