quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Gleisi acusa Folha de requentar "fake news"


A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, acusou o jornal Folha de S. Paulo de promover notícias falsas sobre ela e o PT - a matéria do jornal paulista está intitulada como "Delator da Lava Jato paulista cita propina para Gleisi e Paulo Bernardo"; de acordo com a parlamentar, "esse assunto já foi noticiado anteriormente e já o desmentimos"; "Seria bom que o jornal, ao fazer a denúncia, colocasse as provas que dão base ao que se fala", criticou a dirigente petista 
Blog do Esmael - A senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, em nota oficial, acusou a edição desta quinta-feira (24) do jornal Folha de S. Paulo de promover fake news — notícias falsas — sobre ela e o PT. “Esse assunto já foi noticiado anteriormente e já o desmentimos”, esclareceu.
A dirigente petista puxou a orelha e ainda cobrou responsabilidade do jornalão paulista: “Seria bom que o jornal, ao fazer a denúncia, colocasse as provas que dão base ao que se fala.”
Gleisi acusa ainda a Folha de seletividade visando proteger tucanos que também são citados em outra reportagem do mesmo teor na mesma edição de hoje.
“A Folha de S. Paulo inclui fotos minhas e do Paulo, mas dispensa outro tipo de tratamento aos tucanos Aloysio Nunes e José Serra, também citados em outra reportagem de teor semelhante, sem que seus nomes apareçam nos títulos e sem fotos para ilustrar o texto, com a clara intenção de protegê-los”, disparou a presidenta do PT.
Abaixo, leia a íntegra da nota de Gleisi Hoffmann:
Companheiras e companheiros,
Mais uma vez a Folha de São Paulo, em sua edição desta quinta-feira, publica matéria em que um delator diz que escritório de advocacia, através de propina, pagava despesa de campanha e particulares minha e de Paulo Bernardo.
Esse assunto já foi noticiado anteriormente e já o desmentimos. O escritório em questão é de Guilherme Gonçalves, advogado e ex-militante de nosso partido, que trabalhou para o PT e nossas campanhas.
Nunca, no entanto, Guilherme ou seu escritório pagaram qualquer despesa pessoal ou de campanha minha ou de Paulo Bernardo. Os pagamentos do escritório envolvendo PT e as campanhas eram estritamente no exercício da advocacia política, como custas processuais e multas de campanha em que o escritório perdeu prazo para contestar.
Sobre contratos e recebimentos do escritório de Guilherme com outros clientes nada tenho a comentar, posto que desconheço por completo suas relações comerciais, não podendo ser responsabilizada por elas.
Quanto a pessoa que faz a delação, não o conheço e nunca mantive contato com ele. Seria bom que o jornal, ao fazer a denúncia, colocasse as provas que dão base ao que se fala.
Nesta semana, tivemos um caso muito elucidativo sobre divulgação de delações. A presidenta Dilma Rousseff foi delatada meses atrás por obstrução da Lava Jato, assunto que ganhou as manchetes de jornais por dias a fio. Agora que não se comprovou a autenticidade da denúncia, as matérias foram tímidas e ocuparam o pé das páginas dos jornais, num flagrante exemplo da falta de equilíbrio e justiça na cobertura jornalística.
Além disso, a Folha de S. Paulo inclui na matéria desta quinta-feira fotos minhas e do Paulo, mas dispensa outro tipo de tratamento aos tucanos Aloysio Nunes e José Serra, também citados em outra reportagem de teor semelhante, sem que seus nomes apareçam nos títulos e sem fotos para ilustrar o texto, com a clara intenção de protegê-los.
Essa seletividade nos processos e divulgação tem sido a regra!
Gleisi Hoffmann


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