quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Delator acusa Gleisi e Paulo Bernardo, que rebatem acusações


Investigado por suspeita de participar no esquema de desvio de dinheiro em contratos e empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, o administrador Marcelo Maran fechou um acordo de delação premiada com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República; Maran acusa a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, e Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento, seu marido, de repasses ilegais; os dois negam as acusações
247 - O administrador Marcelo Maran, investigado na Operação Custo Brasil por suspeita de participar de um esquema de desvio de dinheiro em contratos de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, assinou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A Custo Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato. O acordo firmado com o Ministério Público Federal aguarda a homologação do ministro José Antonio Dias Toffoli, relator da operação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Maran era o encarregado da contabilidade do escritório de advocacia de Guilherme Gonçalves, apontado como o responsável por repasses ilegais destinados a campanhas e despesas pessoais da senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, e Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento, seu marido.
Maran descreveu aos procuradores o que seria o caminho da propina para a senadora e o ex-ministro e diz ter notas fiscais forjadas para justificar despesas de campanha.
O advogado de Gleisi Hoffmann, Rodrigo Mudrovitsch, disse que "não vai comentar vazamento de possível acordo de delação que sequer foi homologado" e que sua cliente nunca manteve contato com Marcelo Maran.
Veronica Sterman, advogada de Paulo Bernardo, disse que seu cliente nega as acusações e aguarda que a Justiça resolva seu caso baseada nas provas concretas.
As informações são de reportagem de Wálter Nunes na Folha de S.Paulo.


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