Investigado por suspeita de participar no esquema de desvio
de dinheiro em contratos e empréstimos consignados no âmbito do Ministério
do Planejamento, o administrador Marcelo Maran fechou um acordo de delação
premiada com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República; Maran
acusa a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, e Paulo Bernardo,
ex-ministro do Planejamento, seu marido, de repasses ilegais; os dois negam as
acusações
247 - O
administrador Marcelo Maran, investigado na Operação Custo Brasil por suspeita
de participar de um esquema de desvio de dinheiro em contratos de empréstimos
consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, assinou acordo de delação
premiada com a força-tarefa da Procuradoria-Geral da República, em Brasília.
A Custo
Brasil é um desdobramento da Operação Lava Jato. O acordo firmado com o
Ministério Público Federal aguarda a homologação do ministro José Antonio Dias
Toffoli, relator da operação no STF (Supremo Tribunal Federal).
Maran
era o encarregado da contabilidade do escritório de advocacia de Guilherme
Gonçalves, apontado como o responsável por repasses ilegais destinados a
campanhas e despesas pessoais da senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do
PT, e Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento, seu marido.
Maran
descreveu aos procuradores o que seria o caminho da propina para a senadora e o
ex-ministro e diz ter notas fiscais forjadas para justificar despesas de
campanha.
O
advogado de Gleisi Hoffmann, Rodrigo Mudrovitsch, disse que "não vai
comentar vazamento de possível acordo de delação que sequer foi
homologado" e que sua cliente nunca manteve contato com Marcelo Maran.
Veronica
Sterman, advogada de Paulo Bernardo, disse que seu cliente nega as acusações e
aguarda que a Justiça resolva seu caso baseada nas provas concretas.
As
informações são de reportagem de Wálter Nunes na Folha de S.Paulo.
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