segunda-feira, 10 de julho de 2017

Gleisi: Condenação de Lula seria para fraudar eleições


Presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR) afirma que o partido não tem um "plano B" para as eleições presidenciais e que Luiz Inácio Lula da Silva é o único nome do do partido na disputa; Gleisi reafirmou que não há provas contra o ex-presidente e que uma eventual condenação, baseada apenas em relatos feitos em delações premiadas, configuraria uma "fraude eleitoral"; "Não há provas, é tudo baseado em delações. E isso está ficando claro a cada dia. A condenação do presidente Lula seria uma condenação para fraudar eleições", afirmou
247 - A senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, reforçou o apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência e afirmou que uma condenação do ex-presidente seria uma tentativa de fraudar as eleições. 
Escolhida para conduzir o PT até 2019, Gleisi diz que a estratégia de reestruturação da sigla passa necessariamente pela eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.
Na hipótese de haver antecipação das eleições, está certo que igualmente o candidato seria o ex-presidente. "Nós não temos nenhum plano B e nem C. O presidente Lula é nosso plano A, B e C". Por não ver alternativas, uma eventual condenação do ex-presidente será combatida como "fraude eleitoral". "Não há provas, é tudo baseado em delações. E isso está ficando claro a cada dia. A condenação do presidente Lula seria uma condenação para fraudar eleições".
O caso do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto - absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em ação em que havia sido condenado pelo juiz Sergio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção -, é usado por Gleisi como exemplo de que as condenações tem forte componente político e, por isso, podem ser revertidas. "A decisão do TRF deixou clara qual deve ser a postura da Justiça em termos de processo penal. Se não tiver prova, a delação não vale".
Gleisi sinalizou ainda que a sigla pode vir a dar aval à indicação de Raquel Dodge para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), feita por Michel Temer. Para a senadora, o  PT quer o compromisso da sub-procuradora de que o Ministério Público mudará suas práticas em relação à gestão de Rodrigo Janot, evitando a "espetacularização" dos casos e a abertura de inquéritos baseados apenas em delações. "Isso implica o MP fazer denúncias em cima de provas. Não pode se encaminhar denúncia com base em delação apenas", defende a senadora.
As informações são de reportagem de Vandson Lima e Fabio Murakawa no Valor.


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