Com 60% das vias públicas deteriorada, Londrina deve corrigir grande parte dos
problemas com adesão ao Cindepar. O município é um dos 135 consorciados que estão sendo beneficiados pelo modelo. |
Nas próximas semanas, a Prefeitura de Londrina vai definir um cronograma de trabalho para a execução do programa de recape asfáltico a ser realizado em parceria com o Consórcio Público Intermunicipal de Inovação e Desenvolvimento do Estado do Paraná (Cindepar). Na semana passada, durante solenidade, o prefeito Marcelo Belinati (PP) sancionou a lei 12.539/2017, que prevê a adesão do município à entidade. A parceria possibilitará que a prefeitura amenize o quadro crítico das ruas da cidade. Segundo Belinati, 60% das vias públicas (em torno de 1.260 quilômetros de ruas e avenidas) estão com problemas de má conservação, com buracos e asfalto degradado.
O Cindepar tem quatro anos e já atende 135 municípios, dos quais 56 já contrataram os serviços de recapeamento asfáltico pelo padrão do micropavimento.
Marcelo Belinati comemora a parceria e está com boas expectativas, especialmente pela qualidade e preço oferecidos, bem mais em conta do que se fosse feito pelo sistema convencional: “O valor que a prefeitura vai pagar é bem menor, e não tem mágica. O Cindepar é um consórcio que compra produtos [insumos] em larga escala e, em razão disso, consegue um preço reduzido [no volume adquirido] sem falar que tira as empreiteiras do processo e, assim, elimina a margem de lucro, nota fiscal e impostos, justamente porque é um consórcio público”, explicou o prefeito, durante discurso na solenidade.
Se for realizado através de um processo licitatório convencional, o metro quadrado do serviço de micropavimento sai em torno de R$ 12,00, enquanto que pelo Cindepar o custo para a prefeitura cai para aproximadamente R$ 5,50. Evidentemente o modelo ofertado pelo consórcio é legal e tem o amparo do Tribunal de Contas.
Outro que comemorou a chegada do Cindepar a Londrina, durante o evento, é o deputado federal Alex Canziani (PTB), idealizador e articulador político do consórcio. “Uma das grandes necessidades dos municípios é a questão do asfalto, mas o asfalto é muito caro, daí porque pensamos em uma saída que viabilizasse esta importante obra nas cidades”, destacou.
Agora, a Secretaria de Obras da prefeitura vai montar um cronograma de trabalho. Segundo o secretário João Verçosa, a secretaria irá mapear os primeiros locais que receberão o serviço: “Vamos afinar o discurso com o Cindepar e iniciar este processo”, destacou.
PREPARO – Para que a equipe do consórcio vá a campo realizar o asfaltamento, a pista precisa estar nivelada e em condições de receber uma das usinas automotivas da associação, equipamento próprio para aplicação do asfalto. O Cindepar pretende deslocar máquinas exclusivas para atender a demanda de Londrina, conforme os serviços a serem contratados pela prefeitura.
O serviço de preparo da pista (pré-asfalto) será de responsabilidade da prefeitura. De acordo com Verçosa, as ruas a receberem o asfalto serão as que tiverem menor tráfego, por causa da característica do micropavimento. As de maior movimento e que tem tráfego excessivo de veículos pesados, que comprometem mais a base da pista, deverão continuar recebendo outro tipo de massa, mais apropriada para este tipo de via.
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