O presidente
Michel Temer fez um pronunciamento no qual contestou a denúncia apresentada
ontem (26) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo
Tribunal Federal (STF). Segundo ele, “reinventaram o Código Penal” e inventaram
uma nova categoria, a denúncia por ilação. No pronunciamento, Temer disse
que está sofrendo um ataque “injurioso, indigno e infamante” à sua dignidade pessoal.
“Fui
denunciado por corrupção passiva, sem jamais ter recebido valores, nunca vi o
dinheiro e não participei de acertos para cometer ilícitos. Afinal, onde estão
as provas concretas de recebimento desses valores? Inexistem”.
Ontem
(26), Janot denunciou o presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal
(STF) pelo crime de corrupção passiva. A acusação está baseada nas
investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. Esta é a
primeira vez que um presidente no exercício do mandato é denunciado ao STF por
corrupção.
Ficção
O
presidente classificou a denúncia de ficção. "Criaram uma trama de novela.
A denúncia é uma ficção", disse.
Gravação
é ilícita
Sobre a
gravação da conversa que teve com o empresário Joesley Batista, no Palácio do
Jaburu, Temer afirmou que a gravação é uma prova ilícita e não pode ser aceita
pela Justiça.
A
denúncia de Janot foi enviada ao ministro Edson Fachin, relator da investigação
envolvendo o presidente, e só poderá ser analisada pelo Supremo após a aceitação
de 342 deputados federais o equivalente a dois terços do número de deputados da
Câmara. O advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz, afirmou que presidente é
inocente das acusações de prática de corrupção. (Veja a fala do presidente).
Agência Brasil
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