Lula
relembrou perseguição vivida na ditadura e fez um alerta: "o povo não é
burro"
(Foto: Ricardo Stuckert)
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O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva reagiu, na noite desta quarta-feira (28), à
perseguição midiática e jurídica a que vem sendo submetido nos últimos anos. Em
discurso durante o evento que marcou os 25 anos da Confederação Nacional dos
Metalúrgicos, Lula foi categórico ao comentar a possibilidade de ser condenado
no processo do Tríplex.
"Não faz pouco tempo que essa gente
pensa em me destruir. Acharam que iam conseguir quando me prenderam em 80, me
afastaram do sindicato, achando que a greve ia acabar. E o que aconteceu? A
greve cresceu, ficou muito mais forte e durou 41 dias", relembrou.
O ex-presidente destacou os recentes
resultados das pesquisas eleitorais como referência. "Saiu uma pesquisa da
Folha. Não da CUT, foi da Folha. E fico imaginando como os diretores da Globo,
os editores de política, reagiram", disse, citando a projeção Datafolha
divulgada na segunda (26) - em que Lula aparece como vencedor em todas as
simulações de primeiro turno.
"A pesquisa mostra que é preciso
somar todos eles pra chegar perto do Lula e do PT. O PT sozinho tem preferência
eleitoral maior que todos os partidos juntos. Isso deve dar insônia
neles", avaliou o ex-presidente. Para Lula, o resultado é fruto da
consciência da população. "O povo não é burro, tem consciência. Eles sabem
o que aconteceu nesse país de 2003 a 2014".
Indústria
Durante a fala, Lula também defendeu o
fortalecimento do mercado interno como alternativa para o país sair da crise e
voltar a gerar empregos. Segundo ele, a operação Lava Jato tem colaborado para
destruir a indústria nacional. "A construção civil mandou embora 600
mil trabalhadores. O BNDES é nossa principal ferramenta para alavancar qualquer
setor industrial e hoje isso está sendo criminalizado", ponderou.
"Vocês lembram que em 2009 falei da
marolinha? O Brasil foi o último a entrar na crise e o primeiro a sair porque
tínhamos o BNDES. Até liguei pro Obama e perguntei por que ele não tinha um
BNDES?", recordou, ao destacar a urgência de eleições diretas. "Só
tem uma saída: o povo voltar a eleger um presidente da República".
Fonte:
Lula.com.br
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