Relatório preliminar da Polícia Federal enviado nesta
segunda-feira 19 ao STF revela caso inédito na história do Brasil; de acordo
com o documento, Michel Temer cometeu o crime de corrupção passiva na condição
de presidente da República; no diálogo gravado entre Temer e Joesley Batista,
da JBS, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, Temer teria dado aval
a Batista para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e também
indicado seu ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) como
intermediário dos interesses do grupo empresarial junto ao governo; Loures foi
flagrado recebendo uma mala com R$ 500 mil em propinas – dinheiro que, segundo
a JBS, era destinado a Temer; a PF não se manifestou ainda sobre o crime de
obstrução à Justiça, pois aguarda a conclusão da perícia do áudio, e pediu mais
prazo para conclusão do relatório; agora, não é só o empresário Joesley Batista
quem chama Temer de corrupto
247 - De acordo com uma prévia do
relatório enviado pela Polícia Federal para ao Supremo Tribunal Federal, houve
corrupção passiva na ação entre Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR).
No
diálogo gravado entre Temer e Joesley Batista, da JBS, de acordo com a
Procuradoria-Geral da República, Temer teria dado aval a Batista para comprar o
silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e também indicado seu ex-assessor e
ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) como intermediário dos interesses do
grupo empresarial junto ao governo.
Loures
está preso após ser alvo de ação controlada da PF na qual foi filmado
carregando uma mala com R$ 500 mil entregues por Ricardo Saud, diretor de
Relações Institucionais da J&F.
A
Polícia Federal não se manifestou ainda sobre o crime de obstrução à Justiça,
pois aguarda a conclusão da perícia do áudio entre Temer e Joesley.
A
PF devolveu parte do inquérito contra Temer ao Supremo e pediu ao ministro
Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte, mais prazo para concluir a
investigação. Leia mais na Reuters:
PF devolve parte de inquérito
contra Temer ao STF e pede mais prazo para conclusão
SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal devolveu parte do inquérito contra o
presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF), e pediu ao ministro
Edson Fachin, relator da Lava Jato na corte, mais prazo para concluir a
investigação.
Fachin
havia dado prazo até o domingo para a PF concluir o inquérito em que Temer é
investigado por suspeita de corrupção passiva, participação em organização
criminosa e obstrução da Justiça. O caso é um desdobramento da delação premiada
de executivos da J&F, holding que controla a JBS.
Esse
prazo havia sido dado pelo ministro na semana passada. Uma das principais peças
da investigação é uma perícia em um áudio entregue pelo empresário Joesley
Batista, um dos donos da J&F, no qual gravou uma conversa com Temer.
No
diálogo, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, Temer teria dado aval
a Joesley Batista para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha e também
indicado seu ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) como
intermediário dos interesses do grupo empresarial junto ao governo.
Loures
está preso após ser alvo de ação controlada da PF na qual foi filmado
carregando uma mala com 500 mil reais entregues por Ricardo Saud, diretor de
Relações Institucionais da J&F.
Caberá
a Fachin decidir se prorroga o prazo para que a PF conclua o inquérito.
(Reportagem
de Eduardo Simões)
Nenhum comentário:
Postar um comentário