terça-feira, 13 de junho de 2017

Míriam Leitão relata episódio de hostilidade por petistas durante voo

(foto: Reprodução)
A jornalista Míriam Leitão afirmou ter sido hostilizada por militantes do Partido dos Trabalhadores (PT) durante um voo da companhia Avianca, com saída de Brasília para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, no último dia 3 de junho. Em seu blog, no site do jornal O Globo, ela conta que foi alvo de intolerância por parte dos militantes petistas, que a agrediram verbalmente.
“Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo”, afirma no texto publicado em sua coluna nesta terça-feira (13).
No mesmo dia em que a jornalista voltava para o Rio de Janeiro, no último dia 3, houve um congresso do PT em Brasília. Na ocasião, militantes ainda vestidos com camisetas do encontro começaram a verbalizar ofensas contra ela antes mesmo do embarque.
Os cerca de 20 militantes, de acordo a jornalista, sentaram-se perto de seu assento e começaram ofensas aos gritos de “terrorista, terrorista.” Após os primeiros ataques, ela conta ter sido convidada pelo comandante da aeronave, por meio da comissária de bordo, a mudar de lugar. No entanto, a jornalista se recusou e continuou em sua poltrona, conforme bilhete comprado.
“Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso”, diz Miriam em seus relatos.
Para ela, o fato do ex-presidente Lula citar seu nome em comícios e reuniões partidárias é um “erro”. “Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho”, acrescentou.

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