O esquema de desvio de recurso públicos feito pelo PSDB em
Minas, conhecido como ‘mensalão tucano', e denunciado pela Procuradoria-Geral
da República, está completando dez anos de quase total impunidade; dos 12
citados e transformados em réus, quatro foram beneficiados pela prescrição;
apenas Eduardo Azeredo, acusado de liderar o esquema, foi condenado a 20 anos e
dez meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro; mas recorreu e está em
liberdade sem que o seu julgamento em segunda instância tenha sido sequer
pautado
Minas 247 – Já tem quase uma
década sem que as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República,
sobre o mensalão tucano, passe sem que ocorra o julgamento dos citados
envolvido no esquema de desvio de recursos no governo de Minas Gerais.
Dos 12
réus incialmente citados, chega a quatro o número daqueles que não serão julgados.
Agora é a vez de o benefício atingir Lauro Wilson de Lima Filho, ex-diretor de
uma estatal mineira, acusado de peculato. É que ele completou 70 anos no mês
passado e pediu a justiça, que ainda não se posicionou, para ser beneficiado
pela prescrição.
De
todos os envolvidos, a única sentença é a condenação do ex-presidente do PSDB
de Minas, Eduardo Azeredo, a 20 anos e dez meses de prisão por peculato e
lavagem de dinheiro. Acusado de liderar um esquema que desviou de empresas
públicas R$ 14 milhões (valores atualizados) para a sua campanha ao governo
mineiro em 1998, Azeredo recorre em liberdade sem que o seu julgamento em
segunda instância tenha sido sequer pautado.
Foram,
ainda, beneficiados pela prescrição por causa da idade, as ações contra
Walfrido dos Mares Guia, ex-vice-governador de Minas, e Cláudio Mourão,
coordenador financeiro da campanha de Azeredo, também prescreveram por causa da
idade. Outro réu, Fernando Moreira Soares, morreu em 2015, segundo reportagem
de José Marques, na Folha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário