O juiz federal Sergio Moro atendeu apelo feito pelo
ex-presidente Lula durante depoimento sobre o caso triplex, em Curitiba (PR), e
mandou a Polícia Federal devolver o iPad dos netos do petista; decisão ocorre
mais de 1 ano e três meses após a ação de busca e apreensão em endereços
ligados a Lula, no âmbito da operação Aletheia, deflagrada em 4 de março de
2016.; "Não tem este Juízo notícia de tal apreensão, mas se ocorreu deve
ser tributado ao desconhecimento pelos agentes policiais do conteúdo dos aparelhos
eletrônicos", disse MOro em seu despacho; ele também disse que caso tenham
ocorridos vazamentos da gravação da condução coercitiva de Lula pela PF,
"serão apuradas as responsabilidades"
Jornal GGN - O juiz Sergio Moro
atendeu apelo feito pelo ex-presidente Lula durante depoimento sobre o caso
triplex, em Curitiba (PR), e mandou a Polícia Federal devolver o iPad dos netos
do petista. A decisão ocorre mais de 1 ano e três meses após a ação de busca e
apreensão em endereços ligados a Lula, no âmbito da operação Aletheia,
deflagrada em 4 de março de 2016.
Em
despacho assinado no dia 19 de maio, Moro lembrou que Lula "reclamou"
da apreensão de aparelhos eletrônicos de seus netos e solicitou devolução
diretamente ao juiz.
Ele
disse desconhecer o fato de que os pertences das crianças estavam em posse da
PF e apontou que, se isso ocorreu, foi porque os agentes também não sabiam do
conteúdo dos dispositivos.
"Não
tem este Juízo notícia de tal apreensão, mas se ocorreu deve ser tributado ao
desconhecimento pelos agentes policiais do conteúdo dos aparelhos
eletrônicos."
"De
todo modo, poderia a Defesa de Luiz Inácio Lula da Silva ter requerido
diretamente à autoridade policial a sua devolução, já autorizada pelo trecho
acima destacado", disse Moro, lembrando que quando autorizou a operação
contra Lula, em fevereiro de 2016, ele já havia pré-determinado "a
devolução de documentos e de equipamentos de informática se, após seu exame,
constatar que não interessam à investigação".
"Apesar
disso, continuou o juiz, "para evitar maiores delongas, deverá a
autoridade policial informar se identificou, na apreensão, os referidos
aparelhos pertencentes aos netos do investigado e, se positivo, para que
promova a devolução mediante termo no prazo de 10 dias."
GRAVAÇÃO DA CONDUÇÃO COERCITIVA
No
mesmo despacho, Moro deu por encerrada a polêmica em torno da gravação da
condução coercitiva de Lula pela Polícia Federal.
Disse o
juiz que a PF fez as imagens para se proteger de "eventuais falsas
acusações de abusos" durante a operação e afirmou que não existem provas
de que o conteúdo foi entregue, de fato, à revista Veja ou à produção de um
filme sobre a Lava Jato.
"Caso
isso seja constado adiante, serão apuradas as responsabilidades dos agentes
policiais que tenham eventualmente divulgado indevidamente essas imagens. Por
ora não há providências a tomar", finalizou.
Moro
reafirmou, contudo, que não pode impor "censura" a meios de
comunicação para previnir eventual vazamento.
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