terça-feira, 20 de junho de 2017

De olho em 2018, Requião assume presidência de “Frente Ampla” com 218 parlamentares

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) assumirá nesta quarta-feira (21), em Brasília, a Frente Parlamentar Nacionalista, que visa implantar um projeto de nação em contraposição ao neoliberalismo advogado pela banca financeira e os rentistas.
O movimento que vai operar em defesa do petróleo e da soberania nacional, explica o senador do PMDB, embora nacionalista, não será xenófobo.
Com cerca de 218 parlamentares, a Frente presidida pelo senador Roberto Requião, na verdade, também é um embrião do que poderá vir a ser a “Frente Ampla” discutida na reforma política como uma alternativa às coligações partidárias atuais.
A experiência da “Frente Ampla” vem do Uruguai. A organização política reúne dezenas de partidos que sustentou Pepe Mujica, por exemplo.
Requião foi indicado para presidente a Frente pelo PT, PMDB, PDT, PSB, PCdoB, Rede e PSOL. O deputado Patrus Ananias (PT-MG) ficará na secretaria-geral.
Parlamentares criam Frente Pela Soberania Brasileira
Um grupo de mais de 200 deputados e 18 senadores lançará na próxima quarta-feira (21), a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. A Frente se contrapõe a algumas medidas tomadas pelo Governo Temer e seus aliados, como o desmonte da Petrobras, da infraestrutura, da pesquisa e da tecnologia; do crescente esvaziamento da indústria nacional; da liberação da venda de terras para estrangeiros; da internacionalização dos serviços públicos essenciais, como saúde e educação; da abertura do país ao oligopólio internacional de sementes e insumos agrícolas; e do retorno do governo brasileiro uma política externa submissa.
Para esses parlamentares, tais medidas são “atentatórias à soberania do Brasil”.
A Frente terá o senador Roberto Requião (PMDB-PR) na presidência e o deputado Patrus Ananias (PT-MG) na secretaria-geral. A comissão executiva da Frente reúne, além de Requião e Patrus, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), secretário de eventos e mobilização; a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os deputados Celso Pansera (PMDB-RJ), Afonso Motta (PDT-RS) e Odorico Monteiro (PSB-CE), como vice-presidentes.
O ato de lançamento, na tarde de 21 de junho, terá a participação dos ex-ministros Luiz Carlos Bresser-Pereira e Celso Amorim, dois dos signatários originais do Projeto Brasil Nação, que contém cinco propostas econômicas, foi lançado por intelectuais no fim de abril e chegou à metade de junho subscrito na internet por mais de 10 mil pessoas.
Confira a Íntegra do Manifesto pela Soberania Nacional, lançado por essa Frente Parlamentar
1. O fundamento da democracia brasileira é a soberania, inscrito solenemente no Artigo 1° da Constituição.
2. Este mesmo Artigo Primeiro estabelece solenemente que todo Poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.
3. A soberania é o direito inalienável e a capacidade da sociedade brasileira de se organizar de acordo com sua história e características sociais para promover o desenvolvimento de todo o seu povo, de forma justa, próspera, democrática e fraterna.
4. Esta soberania não pode ser limitada por políticas ocasionais que a comprometam e que dificultem a autodeterminação do Brasil e sua capacidade de resistir a tentativas de interferência externa.
5. A renúncia a certos direitos invioláveis, tais como o direito de organizar seu Estado e sua sociedade de forma a promover o desenvolvimento, é inadmissível.
6. Assim, cabe ao Congresso Nacional, integrado por representantes eleitos pelo povo brasileiro, garantir a soberania, o desenvolvimento e a independência nacional.
7. A organização de uma Frente Parlamentar de Defesa da Soberania se justifica na medida que Estados subdesenvolvidos como o nosso enfrentam sempre a ação de Estados mais poderosos para que reduzam sua soberania, enquanto esses Estados defendem e preservam com todo o empenho sua própria soberania.
8. Os eixos principais de ação da Frente Parlamentar serão a defesa
· da exploração eficiente dos recursos naturais, entre eles o petróleo, para a promoção do desenvolvimento;
· da construção de uma infraestrutura capaz de promover o desenvolvimento;
· da contribuição da agricultura para a alimentação do povo e as exportações;
· do capital produtivo nacional e de um sistema de crédito que tenha como objetivo seu fortalecimento;
· do emprego e do salário do trabalhador brasileiro;
· de um sistema tributário mais justo;
· de Forças Armadas capazes de defender nossa soberania;
· de uma política externa independente.

Fonte: Blog do Esmael


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