A
Justiça de Londrina determinou a indisponibilidade de bens de
auditores e empresários denunciados em mais duas ações por improbidade
administrativa no âmbito da Operação Publicano; Judiciário determinou que até
R$ 30,51 milhões sejam bloqueados
Paraná 247 - A Justiça de Londrina determinou
a indisponibilidade de bens de auditores e empresários denunciados em mais duas
ações por improbidade administrativa no âmbito da Operação Publicano.
Judiciário determinou que até R$ 30,51 milhões sejam bloqueados.
A
primeira liminar determinou o bloqueio de bens de até R$ 6,25 milhões,
referente aos valores pagos em propinas, de 17 auditores, três empresas e três
empresários ligados ao segmento de plásticos e brinquedos. A segunda determinou
a indisponibilidade de bens de até R$ 24,26 milhões de outros 16 auditores,
três empresas e quatro empresários ligados ao segmento de tintas e vidros. O
valor corresponde a recursos recebidos indevidamente e a soma prevista com
multa.
A
Operação Publicano foi deflagrada em março de 2015. De acordo com as
investigações, o esquema funcionava da seguinte forma: os auditores fiscais não
autuavam os sonegadores e, depois, cobravam propina dos empresários para anular
débitos e reduzir, por meio de fraudes, o valor dos impostos.
O
ex-auditor fiscal Luiz Antônio de Souza disse ao MP que o dinheiro era
repassado para o ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio
de Albuquerque Lima, apontado pela Justiça como líder da quadrilha - ele está
preso.
O delator
afirmou que o ex-inspetor entregava o dinheiro pessoalmente para o empresário
Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa. O auditor fiscal relatou
ainda que Antoun sabia que o dinheiro era de propina. O primo do tucano se
entregou ao Gaeco.
Souza
afirmou, ainda, que R$ 4,3 milhões do valor arrecadado em 2014 foram destinados
para a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).
Em nota,
o PSDB negou as declarações atribuídas a Luiz Antônio de Souza, e disse que
Luiz Abi Antoun "nunca tratou de arrecadação para a campanha
eleitoral", função que era do Comitê Financeiro.
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