quinta-feira, 25 de maio de 2017

Operação Publicano: Justiça determina bloqueios de até R$ 30 milhões


A Justiça de Londrina determinou a indisponibilidade de bens de auditores e empresários denunciados em mais duas ações por improbidade administrativa no âmbito da Operação Publicano; Judiciário determinou que até R$ 30,51 milhões sejam bloqueados
Paraná 247 - A Justiça de Londrina determinou a indisponibilidade de bens de auditores e empresários denunciados em mais duas ações por improbidade administrativa no âmbito da Operação Publicano. Judiciário determinou que até R$ 30,51 milhões sejam bloqueados.
A primeira liminar determinou o bloqueio de bens de até R$ 6,25 milhões, referente aos valores pagos em propinas, de 17 auditores, três empresas e três empresários ligados ao segmento de plásticos e brinquedos. A segunda determinou a indisponibilidade de bens de até R$ 24,26 milhões de outros 16 auditores, três empresas e quatro empresários ligados ao segmento de tintas e vidros. O valor corresponde a recursos recebidos indevidamente e a soma prevista com multa.
A Operação Publicano foi deflagrada em março de 2015. De acordo com as investigações, o esquema funcionava da seguinte forma: os auditores fiscais não autuavam os sonegadores e, depois, cobravam propina dos empresários para anular débitos e reduzir, por meio de fraudes, o valor dos impostos.
O ex-auditor fiscal Luiz Antônio de Souza disse ao MP que o dinheiro era repassado para o ex-inspetor geral de fiscalização da Receita Estadual Márcio de Albuquerque Lima, apontado pela Justiça como líder da quadrilha - ele está preso.
O delator afirmou que o ex-inspetor entregava o dinheiro pessoalmente para o empresário Luiz Abi Antoun, parente do governador Beto Richa. O auditor fiscal relatou ainda que Antoun sabia que o dinheiro era de propina. O primo do tucano se entregou ao Gaeco.
Souza afirmou, ainda, que R$ 4,3 milhões do valor arrecadado em 2014 foram destinados para a campanha de reeleição do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

Em nota, o PSDB negou as declarações atribuídas a Luiz Antônio de Souza, e disse que Luiz Abi Antoun "nunca tratou de arrecadação para a campanha eleitoral", função que era do Comitê Financeiro.

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