sábado, 13 de maio de 2017

“Maringá” e mais três deixam a prisão

Prisão temporária dos investigados venceu neste sábado (13). Justiça não achou necessária a prorrogação do prazo.

Os quatro suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção na Câmara de Vereadores de Arapongas,no norte do Paraná, que foram presos pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na terça-feira (9), deixaram a prisão neste sábado (13).
Entre eles está um vereador Valdeir Pereira (PHS), que é suspeito de superfaturar um contrato com uma empresa para digitalização de documentos da Câmara de Vereadores entre 2015 e 2016.
Os investigados foram presos temporariamente, e a juíza Renata Maria Fernandes Sassi Fantin não achou necessária a prorrogação do prazo ou a conversão para prisão preventiva.
De acordo como Ministério Público do Paraná (MP-PR), Valdeir Pereira manteve um contrato superfaturado para a digitalização do acervo físico da Câmara. Conforme os procuradores, ele teria recebido pagamentos mensais ilícitos no valor de R$ 22 mil nos últimos anos. O total da propina recebida, ainda conforme o MP-PR, passaria de R$ 355 mil.
O advogado do vereador negou que tenha ocorrido qualquer irregularidade.

Esquema

As investigações apontaram que os donos da empresa contratada para digitalizar documentos pagavam propina para o ex-presidente da Casa por meio de repasses bancários realizados ao presidente do Conselho da Comunidade de Arapongas.
A promotoria apontou que o presidente do Conselho atuava como 'laranja' no esquema. No entanto, Valdeir Pereira utilizava esse dinheiro para pagar dívidas de empréstimos e agiotagem que tinha com o próprio presidente do Conselho.
Além de repassar os valores para o presidente do Conselho, o MP-PR detalhou que o ex-presidente da Câmara ajudou o presidente do Conselho da Comunidade a reduzir impostos cobrados. O vereador, conforme a promotoria, atuou para diminuir, irregularmente, a base de cálculo de impostos devidos de um imóvel.

Além das prisões, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis. Nos locais foram apreendidas três armas de fogo, centenas de cheques e R$ 80 mil em espécie.
Fonte: G1 Paraná

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