Valdeir José
Pereira (PHS), o Maringá foi preso em operação do Gaeco no início de maio.
MP-PR pediu ao Legislativo a cassação do mandato do parlamentar.
Câmara tem 90 dias para concluir o processo
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Os vereadores de
Arapongas decidiram abrir uma comissão processante contra o vereador Valdeir
José Pereira (PHS), o popular Maringá, acusado pelo Ministério Público do
Paraná (MP-PR) de irregularidades em 2015 e 2016, período em que foi presidente
da Câmara do município.
A decisão foi tomada na noite da segunda-feira (29), após uma
notificação do MP-PR, que pediu ao Legislativo a abertura de um processo de
cassação do mandato do vereador.
Pereira foi
preso temporariamente em 9 de maio, durante uma operação do Grupo de
Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e deixou a
cadeia quatro dias depois, no dia 13 de maio.
A comissão processante é formada por três vereadores, que foram
escolhidos em sorteio na noite de segunda. Aroldo Pagan (PHS) será o presidente
da comissão. Uma reunião nesta terça-feira (30), às 14h, vai definir os
próximos passos desta comissão.
Denúncia
De acordo com o MP-PR, o vereador manteve um contrato superfaturado para a digitalização do acervo físico da Câmara, e recebeu pagamentos
mensais de R$ 22 mil em propina, nos últimos dois anos.
A denúncia entregue à Justiça apura os crimes de fraude em licitação,
corrupção e lavagem de dinheiro. As penas para esses podem passar dos trinta
anos de prisão.
Comissão processante
A comissão processante aberta pela Câmara de Arapongas
vai investigar se o vereador feriu o decoro parlamentar, o que pode levar à
cassação do mandato.
A punição máxima é defendida pelo MP-PR, por entender que o vereador
traiu a honra do Legislativo e a confiança do eleitor.
Valdeir Pereira será intimado para apresentar defesa. A partir de
agora, a Câmara tem 90 dias pra concluir o processo.
Por fim, caberá aos demais vereadores a votação que irá definir se ele
perde ou não o mandato.
O outro lado
O vereador Valdeir Pereira segue trabalhando normalmente
e participando das sessões do Legislativo. O advogado dele informou que ainda
não foi notificado oficialmente, mas afirmou à RPC Londrina, por telefone, que
o vereador não pode ser julgado pela comissão processante por um fato da
legislatura passada.
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