O ministro Luís
Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira
(29) que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que a tirou do
cargo no ano passado, deixou uma cicatriz na sociedade brasileira. Dilma perdeu
o posto, mas manteve os direitos políticos preservados, o que levou a
questionamentos no STF. O tribunal, porém, não alterou a decisão do Senado que
autoriza Dilma a ocupar postos públicos e a disputar eleições.
— Independente de qualquer juízo de mérito
sobre justiça ou não da decisão parlamentar, o STF não interveio nessa
deliberação um pouco pela crença de que, num país dividido politicamente, não
caberia a ele fazer escolhas políticas. Esse foi o processo que tivemos aqui e
que gerou, como qualquer observador atento perceberá, uma sociedade que guarda
essa cicatriz e ainda está dividida em torno desse procedimento — afirmou
Barroso durante a conferência "Papel das Supremas Cortes, Legitimidade
Democrática e Direitos Fundamentais", realizada no STF.
Foi o próprio STF que, em julgamento
realizado em dezembro de 2015, definiu as regras a serem seguidas pelo
Congresso no processo de impeachment. Em maio de 2016, Dilma foi afastada
temporariamente do cargo, levando o vice Michel Temer a se tornar presidente
interino. Em agosto, foi definitivamente removida da presidência.
Fonte: Extra
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