quarta-feira, 31 de maio de 2017

Após blog apontar déficit superior a R$ 10 milhões na prestação de contas, prefeitura publica matéria focada em dívidas

(foto: Profeta/PMA)
“Dívidas dificultam investimentos em Apucarana”. Este foi o título da matéria postada hoje às 8h38 pela prefeitura de Apucarana, no seu site de notícias que contou ainda com o sub- título: “Audiência pública de prestação de contas mostra que as contas do município estão equilibradas”. (Veja aqui).
A disponibilização do texto ocorreu depois que o blog mostrou ontem, o déficit de mais de R$ 10 milhões na prestação de contas do quadrimestre, feita pelo secretário Marcelo Machado, na segunda-feira (29), na Câmara Municipal. De acordo com números apresentados, o município arrecadou R$ 117.880.734,09 no período de janeiro e abril e gastou R$ 128.654.076,12. (Confira aqui a prestação de contas).
Conforme o texto publicado hoje no site da prefeitura, nos primeiros quatro meses de 2017, o Município de Apucarana pagou mais de R$ 5 milhões em precatórios, dívidas consolidadas e juros, e, no mesmo período, conseguiu investir R$ 3,8 milhões em obras, equipamentos e manutenção.
Observe que a matéria aborda o pagamento de dívidas como destaque e deixa o volume de receitas e despesas, objeto principal da audiência pública, para o último parágrafo, de forma tímida. Além disso o texto esconde o valor de R$ 3,6 milhões em operações de crédito realizadas pelo município, no período. Em resumo: quitou R$ 5 milhões de dívidas antigas e contraiu R$ 3,6 milhões em dívidas novas.  
Dívida Pública
Dados disponíveis no portal do Banco Central do Brasil (BCB), revela que o município, durante a gestão do prefeito Beto Preto, entre janeiro de 2013 e março de 2017 aumentou a dívida pública em  R$ 1,8 milhão. No final de dezembro de 2012, no encerramento do mandato do prefeito João Carlos de Oliveira, a dívida com Instituições Financeiras Públicas era de R$ 8,7 milhões e em março deste ano passou para R$ 10,5 milhões. Não está inclusa a dívida junto ao Tesouro Nacional, referente aos Bancos de Santos e Itamaraty, suspensa há quase 15 anos pela justiça.



Nenhum comentário:

Postar um comentário