(Foto: Divulgação) |
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (6) a operação Águas Claras, que
apura um esquema de desvio de recursos públicos repassados à Confederação Brasileira
de Desportos Aquáticos (CBDA), envolvendo cerca de R$ 40 milhões. Cinco
pessoas foram presas e quatro levadas, coercitivamente, para prestar
esclarecimentos nas unidades do órgão em São Paulo e no Rio de Janeiro, em
cumprimento à determinação da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Foram
cumpridos ainda 16 mandados de busca e apreensão.
Entre os alvos da operação é o presidente da CBDA, Coaracy Nunes, além
de outros quatro dirigentes da entidade. Há mandados de prisão contra Ricardo
de Moura (superintendente), Ricardo Cabral (consultor do polo aquático) e
Sergio Alvarenga (diretor financeiro).
Segundo nota da PF, as investigações começaram a partir de denúncias de
atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro. As
investigações estão sendo desenvolvidas em conjunto com o Ministério Público
Federal e com a participação da Controladoria Geral da União.
“Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por
meio de convênios e leis de fomento ao esporte sem a devida aplicação –
conforme previsto em lei e nos contratos assinados”, assinala a nota. O
dinheiro que deveria ser aplicado no incentivo aos esportes aquáticos e na
viabilização de práticas esportivas aquáticas, estariam indo parar no bolso dos
investigados.
Os recursos eram repassados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, a
Lei Agnelo Piva. O montante está associado ao patrocínio dos Correios que, por
ser uma empresa pública, envolve a Lei de Licitações, destaca a nota. Pelo que
a PF apurou houve fraude à Lei de Licitações.
Os investigados vão responder, de acordo com suas participações, pelos
crimes de peculato, associação criminosa e fraude à Lei de Licitações, sem
prejuízo de outros crimes eventualmente apurados no decorrer da instrução
criminal. Com informações da Agência Brasil
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