quinta-feira, 27 de abril de 2017

Justiça manda soltar cinco suspeitos de participação no mega-assalto no Paraguai, diz PF

Desses, pelo menos três já deixaram a carceragem da Polícia Federal em Foz do Iguaçu.
Destruição causadas por explosões durante roubo 
à transportadora de valores em Ciudad del Este 
no Paraguai (foto:Francisco Espínola/Reuters)
A Justiça mandou soltar cinco dos 15 presos suspeitos de participar do mega-assalto que aconteceu no Paraguai, na segunda-feira (23). Desses, pelo menos três já deixaram a cadeia. A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF).
A PF não deu detalhes sobre as decisões judiciais que determinaram a saída dos suspeitos. Segundo as investigações, acredita-se que 50 pessoas participaram do crime em Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil.
Os ladrões levaram uma quantia estimada em R$ 120 milhões. Desse total, a polícia brasileira já conseguiu recuperar cerca de R$ 4,5 milhões, em notas de real, dólar e guarani.
Veja a lista completa de itens apreendidos até o momento:
                   15 presos (segundo a PF, a Justiça mandou soltar cinco deles)
           3 mortos
        7 fuzis
            1 pistola
                 2 coletes balísticos
                   R$ 219.450,00
                   G$ 733.640.000,00
                   US$ 1.275.030,00
                  2 embarcações
                   7 quilos de explosivos
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Líder

Autoridades do estado de São Paulo informaram que o crime foi planejado por Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue. Ele está foragido desde o início de 2016 depois de receber liberdade provisória em um dos processos a que responde na Justiça. Depois disso ele foi novamente condenado. Segundo a polícia, Gegê fugiu para o Paraguai para reunir a quadrilha e comandar a ação.

Organização criminosa

O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lezcano, acredita que as primeiras evidências e a metodologia do mega-assalto à empresa Prosegur, em Ciudad del Este, podem ser atribuídas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A declaração foi dada ao jornal ABC Color, na segunda.
“Tudo aponta que são integrantes do PCC", disse ele em entrevista. De acordo com o veículo, é a primeira autoridade que atribui o feito à facção criminosa do Brasil.
Lezcano assegurou também que os brasileiros tiveram apoio dos paraguaios, com um arsenal que superou a capacidade de resposta da Polícia Nacional. Ele ainda afirmou ao jornal que é a primeira vez que ocorre uma situação do tipo na região e citou pelo menos dois casos parecidos no Brasil em que a polícia também foi encurralada.

O assalto

Segundo a Polícia Nacional do Paraguai, os ladrões fortemente armados invadiram a sede da transportadora de valores Prosegur. Eles explodiram a entrada da empresa e trocaram tiros com vigilantes. A ação durou aproximadamente três horas e eles fugiram com dinheiro.
Um policial paraguaio que estava em um carro em frente à empresa foi morto pelos bandidos.
A sede da empresa fica a 4 quilômetros da Ponte Internacional da Amizade, no oeste do Paraná.
E, nesta quarta (26), os funcionários da Prosegur voltaram ao trabalho. O local estava interditado por causa dos estragos causados pelas explosões durante o roubo. As aulas, que estavam suspensas desde segunda, também foram retomadas.
g1.globo.com


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