Decisão do
juiz Marcos Josegrei é de quarta-feira (26). Operação Carne Fraca investiga
irregularidades na fiscalização de carnes e emissão de licenças de
frigoríficos.
Os empresários Nilson (pai) e Nilson
(filho) terão que pagar R$ 325 mil cada
um para deixar a prisão
|
O juiz Marcos
Josegrei da Silva, responsável pela Operação Carne Fraca, concedeu liberdade
provisória a cinco pessoas acusadas de envolvimento em um suposto esquema
criminoso, com participação de servidores públicos e pagamento de propina, de
irregularidades na fiscalização de carnes e na inspeção de frigoríficos.
A investigação começou em irregularidades verificadas na
Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Ministério
Público Federal (MPF) ofereceu cinco denúncias, citando 60 pessoas. Josegrei
tornou 59 rés.
“No presente momento e com os elementos de convicção até agora
amealhados, não se mostra indispensável a manutenção de suas prisões
preventivas, sendo, portanto, suficiente para a garantia da ordem pública e
econômica a adoção de medidas cautelares diversas do encarceramento”, diz
trecho da decisão, que é da noite de quarta-feira (26).
Para deixar a cadeia, Josenei Manoel Pinto, Roberto Brasiliano da
Silva, Sebastião Machado Ferreira terão que pagar fiança de R$ 50 mil. Já
Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro e Nilson Alves Ribeiro, conforme a decisão do
juiz, terão que pagar R$ 325.000,00 cada um.
O mandado de prisão preventiva de Nilson Alves Ribeiro não chegou a ser
cumprido porque, atualmente, ele mora na Italia. Segundo o juiz, o nome de
Nilson Ribeiro foi inserido na difusão vermelha oculta da Interpol.
Além do pagamento de fiança, os suspeitos terão que cumprir outras
medidas. Eles estão proibidos de deixar o país e devem comparecer a todos os
atos do inquérito e do processo. No caso de Josenei Manoel Pinto e Sebastião
Machado Ferreira, segundo o juiz, ele devem se afastar dos cargos de fiscal
agropecuário pelo prazo inicial de seis meses. Os dois estão proibidos de
entrar em estabelecimentos fiscalizados pelo Serviço de Inspeção Federal e em
repartições públicas do Ministério da Agricultura, salvo quanto intimados.
O que dizem os advogados
Os advogados de Nilson Umberto Sacchelli Ribeiro e
Nilson Alves Ribeiro pediram reconsideração do valor da multa fixado. O juiz,
entretando, indeferiu o pedido.
Os advogados de Josenei Pinto, Fabricio Stadler Grellmann, Ali Tawfeiq
e Pietro Arnaud Santos da Silva, afirmaram que a decisão é um avanço e permitiu
a conclusão de que Josenei Pinto não integra a suposta organização criminosa
citada pela denúncia.
Apesar disso, os
advogados consideraram o valor da fiança “exacerbado” e disseram que o cliente
não pode pagá-lo. A defesa vai recorrer para isentar ou reduzir o valor.
O G1 tenta contato com os demais advogados.
Fonte: g1.globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário