Há três dias estamos às voltas com as delações da Odebrecht, que embora
envolvam praticamente todo o meio político, todos sabem que visam,
essencialmente, atingir aquele que tem a chance real de vencer as eleições de
2018.
O que observo, porém, diz respeito a todos: é preciso provas e provas,
até agora, não apareceram, exceto em raríssimos casos.
Provas materiais – contas ou formas de pagamento – ou mesmo
circunstanciais: “foi aqui, com o fulano, sicrano e beltrano, no dia tal, no
lugar tal”.
Não é crível que centenas de milhões ou mais, até, deu R$ 3 bilhões
possam ter sido pagos na base da “mochilinha”.
Todas as declarações da Odebrecht, por seus donos e executivos, precisam
de provas, porque são testemunhos – parece que se esqueceram disso – de
dirigentes uma empresa que corrompeu meio mundo não por ser “boazinha” com os
políticos, mas para obter vantagens.
Ainda mais porque seus dirigentes foram, evidentemente, levados a
delatar num negócio que rendeu, no atacado, acordos com a empresa e, no varejo,
gordas indenizações para os executivos e ex-executivos da empresa.
E que envolviam a promessa de Marcelo Odebrecht, filho do dono da
empresa, mofar eternamente na cadeia.
A imprensa se porta como se as delações sejam a verdade. Podem ser em
muitas coisas,, mas podem não ser em algumas que geram repercussão. Mas também
vão deixando claro quem era o candidato que a empresa desejava ver no Palácio
do Planalto, e não era Dilma Rousseff.
A seguir, publico ótima reflexão sobre isso do professor Roberto Moares.
Há fatos concretos alegados pelos delatores. Mas é preciso que estes
sejam provados.
Não apenas em relação a Lula, mas a todos.
A Justiça, num estado democrático, precisa de provas para punir.
A mídia, no estado em que estamos, as dispensa.
Como aos promotores da República de Curitiba, bastam-lhe as convicções.
TIJOLAÇO
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