Ex-presidente da Odebrecht
Infraestrutura, Benedicto Júnior afirmou em delação premiada que uma reunião
para discutir repasses ilegais ao governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi
feita no segundo andar de um prédio, no Centro de Curitiba, exatamente em
frente ao prédio do MPF na cidade, base da força-tarefa da Operação Lava Jato;
Benedicto disse que um representante do comitê eleitoral de Richa procurou Luiz
Bueno, diretor da empresa para o Sul do País, pedindo a doação; foi aprovado o
pagamento de R$ 4 milhões via caixa dois, informou o delator
Paraná 247 - O ex-presidente da
Odebrecht Infraestrutura Benedicto Júnior afirmou em delação premiada que uma
reunião para discutir repasses ilegais ao governador do Paraná Beto Richa
(PSDB) foi feita no segundo andar de um prédio, no Centro de Curitiba,
exatamente em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF) na cidade,
base da força-tarefa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF).
De acordo com
o ex-executivo, o encontro aconteceu em julho de 2014, quatro meses depois do
início da operação, que teve sua primeira fase deflagrada pela Polícia Federal
(PF) em março daquele ano.
Benedicto
afirmou que um representante do comitê eleitoral de Richa procurou Luiz Bueno,
diretor da empresa para o Sul do País, pedindo a doação. Segundo o delator, foi
aprovado o pagamento de R$ 4 milhões via caixa dois. Benedicto disse que Richa
recebeu R$ 3,05 milhões para as últimas três campanhas que disputou no Paraná.
"Os
pagamentos foram encaixados, planejados e executados pelo Setor de Operações
Estruturadas da Odebrecht [departamento criado pela empresa para operar o
repasse de quantias de propina a políticos e funcionários públicos]. A gente
adotou o codinome "piloto" para esses pagamentos, como uma menção ao
doutor Beto Richa", disse.
Os delatores
disseram que não houve uma contrapartida de Richa. Segundo eles, os pagamentos
foram realizados porque o tucano era um político jovem e promissor e que o
Paraná podia se tornar um mercado importante.
Em nota,
Juraci Barbosa Sobrinho, tesoureiro da campanha eleitoral de Beto Richa em
2014, negou as acusações. "Mais ainda as que acusam a campanha de 2014, na
qual fui coordenador financeiro, de ter recebido valores não contabilizados ou
de origem ilícita. Uma investigação mais aprofundada certamente demonstrará que
as denúncias são falsas, e estas jamais poderão se sobrepor à verdade, conforme
prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral", diz a nota. As
respostas foram publicadas no G1.
Fernando
Ghignone, tesoureiro das campanhas eleitorais de Richa em 2008 e 2010, informou
que todas as doações foram realizadas dentro da lei e depositadas na conta oficial
do partido. "Nossas prestações de contas dos dois anos foram aprovadas
pelo TRE, sem ressalvas. A denúncia é inverídica e fantasiosa", disse.
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