Devastadora.
Não
há nenhuma outra qualificação adequada, do ponto de vista da direita, para a
pesquisa Datafolha publicada hoje sobre as intenções de voto presidencial em 2018.
Tanto
que seu mais sincero e grosseiro porta-voz, o site de Diogo Mainardi, diz com
todas as letras: “É preciso impedir a candidatura de Lula em 2018.”
Porque,
mesmo depois de todo o carnaval de delações, o que surge, cristalino, é o
aumento das preferências pelo voto no ex-presidente.
Nos
cenários com Aécio e Alckmin concorrendo pelos tucanos, Lula sobe 4 ou 5
pontos, chegando a 30%. Seus adversários afundam, perdendo mais dois e três
pontos sobre os resultados já terríveis do último levantamento, feito em
dezembro passado, quando tinham 11 e 8%, respectivamente.
Como
o Datafolha, à espera do “milagre Doria”, absteve-se de publicar resultados de
pesquisas durante mais de 4 meses, não é possível saber se Lula até possa ter
tido algum prejuízo, . Ou melhor, reduzido em parte seu crescimento.
Aliás,
a ”grande esperança branca”, João Doria Junior, aparece com pífios 9%, nada
para quem é apontado como “fenômeno” e conta, há quatro meses, com uma
onipresença espalhafatosa em toda a mídia nacional. De Sérgio Moro, com o mesmo
percentual, pode-se dizer o mesmo, embora o tempo de endeusamento pela mídia
supere em muito o do falso rapaz paulistano.
Pior
ainda porque, viu-se, Não tomou os votos, cada vez mais sólidos, do pensamento
selvagem representado por Jair Bolsonaro, que, embora politicamente seja seu pitbull, não lhes
serve eleitoralmente, porque é a garantia de repugnar a maioria.
Sobre
Marina Silva, nenhuma novidade. Segue, para usar uma palavra fora de moda,
desmilinguindo-se. Por si mesma e pelo e, perdão pelo paradoxo, pela ausência
que marca sua presença.
Temer,
claro, dispensa comentários. Sua maior influência é negativa, sobre os tucanos
que a ele se agarraram. Só serve, mesmo, como advertência para quem acha que
vale a pena grudar-se com ele na votação da reforma previdenciária.
Lula
passou por mais um sessão de sova e, como pão-de-ló, cresceu.
Ao
ler a Folha, hoje, não serão poucos os conservadores não-transtornados de ódio
que pararão para pensar que ele pode não ser um problema, mas uma alternativa
para terminar-se a crise infinda do Brasil.
Está
claro para quem quiser entender que só ele tem raízes profundas na alma
brasileira e, por isso, sobrevive ao massacre de proporções nucleares a que o
submeteram.
Fonte:
Tijolaço
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