Prefeito de Apucarana
também atuou como moderador em debate sobre os rumos do Sistema Único de Saúde
(foto: André Veronez) |
No segundo dia do IV Encontro dos
Municípios com o Desenvolvimento Sustentável (EMDS), o prefeito de Apucarana e
vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos para o Paraná, Beto Preto
(PSD), ministrou ontem (25) palestra sobre o tema “Gestão de Resíduos
Sólidos – Alternativas à Disposição dos Municípios”. O evento que deve reunir
cerca de dez mil pessoas até sexta-feira, no Estádio Mané Garrincha, em
Brasília, tem a participação de ministros, senadores, deputados, prefeitos,
secretários e representantes de Organizações Não Governamentais (ONGs).
Beto
Preto apresentou a prefeitos e secretários de todo o país, a experiência de
Apucarana, na gestão da coleta de lixo, manejo do aterro sanitário e coleta de
recicláveis que, ao longo dos últimos anos, vem sendo aprimorada. O que mais
interessou a diversos municípios foi o modelo de cobrança da taxa da coleta de
lixo, inserida mensalmente na tarifa da água e esgoto da Sanepar.
O
prefeito explicou que o modelo foi proposto em 2003, por meio de lei aprovada
pelo Legislativo Municipal e pelo Tribunal de Contas do Estado. Em 2005 foi
firmado o contrato de gestão e manejo do aterro sanitário pela Sanepar, e em
2009 o primeiro ajuste de valores.
Segundo
ele, em 2013 os valores cobrados em cinco faixas de preços foram atualizados.
“Agora estamos planejando outras melhorias, incluindo o rastreamento dos
caminhões de coleta de lixo, melhoria na aferição da balança do aterro
sanitário e a implantação de um serviço de 0800 para atender os usuários”,
anunciou o prefeito. Ele acrescentou ainda que também está sendo avaliado um
tratamento diferenciado para os grandes geradores de lixo, tais como supermercados,
restaurantes e empresas. “Precisamos adotar novas tecnologias no setor e passar
a tratar o lixo como investimento sustentável”, assinalou.
Na
mesma mesa deste tema, também participaram o prefeito de Nova Odessa-SP,
Benjamin Bill Vieira de Souza (PSDB), que apresentou a experiência do consórcio
de lixo da sua região, na bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Outro
tema foi abordado por Rodrigo Sabatini, do Instituto Lixo Zero, de
Florianópolis.
RUMOS DO SUS – No
período da tarde, Beto Preto, que vai assumir nesta quinta-feira (27) a
vice-presidência nacional de saúde da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), atuou
como moderador de um grande debate sobre os rumos do Sistema Único de Saúde
(SUS). Participaram da mesa o jornalista especializado em economia, Luiz
Nassif; e os professores e economistas Áquila Nogueira Mendes e Antônio Corrêa
de Lacerda, ambos bastante respeitados na área de saúde pública. A organização
do debate ficou sob responsabilidade de Paulo Carrara e Hélio Neves, da
Fundação Santa Casa de São Paulo-SP.
O
debate foi focado no tema “SUS: o que mais falta, gestão, recursos ou gestão
econômica”. Nassif e Lacerda lançaram pesadas críticas ao atual governo que,
para eles, tem feito um desmonte geral de programas que tinham um bom
funcionamento. “O estado é responsável pelo atendimento do cidadão na área de
saúde e, neste contexto, o governo deve garantir mais apoio de gestão e
tecnologia, além de mais recursos aos municípios” opinou Nasssif.
Governo vai liberar R$ 10
bilhões aos municípios
Após
articulação da FNP, municípios vão receber, ainda este ano, R$ 10 bilhões de
investimento por parte do Governo Federal. O anúncio foi feito pelos
ministros Dyogo Oliveira, do Planejamento, Orçamento e Gestão, e Bruno
Araújo, das Cidades, nesta terça-feira (25), durante a solenidade oficial
de abertura do IV EMDS. Os investimentos serão destinados primeiramente à
iluminação, gestão de resíduos sólidos, mobilidade e saneamento.
Segundo
Oliveira, a ideia é que a partir dos diagnósticos de restrições fiscais e das
demandas por desenvolvimento em infraestrutura, “uma saída viável e adequada é
ampliar a participação do setor privado”.
Para
isso, o governo tem trabalhado, em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos
(FNP), no desenvolvimento de um programa que visa apoio das Parcerias Público
Privadas (PPPs) e concessões no desenvolvimento de infraestrutura dos
municípios. “A Caixa e o Banco do Brasil também estão disponibilizando linhas
de crédito com total de R$ 4 bilhões para financiar os investimentos nessas
infraestruturas”, afirmou.
Fonte: Assessoria de Imprensa da
Prefeitura de Apucarana
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