segunda-feira, 13 de março de 2017

POLÍTICA: Em Genebra, Dilma denuncia o golpe e é chamada de “superstar” por suíços

Discurso da presidenta eleita no 15º Festival Internacional de Filmes de Direitos Humanos teve mais de 70 mil visualizações


A presidenta eleita Dilma Rousseff participou, neste sábado (11), do 15º Festival Internacional de Filmes de Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça, onde foi chamada de “superstar” pelos organizadores do evento.
Durante seu discurso Dilma falou sobre as conquistas
do povo brasileiro durante os governos do PT.  Citou o 
Luz para Todos,o Bolsa Família e se referiu à obra 

de transposição do rio São Francisco. 
Isso porque seu discurso denunciando o golpe sofrido no Brasil fez grande sucesso nas redes sociais e entre os suíços, com mais de 70 mil visualizações no vídeo de sua fala.
Em seu discurso, Dilma também relembrou os programas sociais desenvolvidos pelo PT, que estão ameaçados pelo governo golpista de Michel Temer. Luz para Todos e Bolsa Família são alguns dos projetos que a presidenta eleita ressaltou durante a conferência.
“Quando a luz chegou no Nordeste, muitos brasileiros ligavam e desligavam a tomada para ver como funcionava. E o Bolsa Família, por exemplo, já beneficiou 14 milhões de famílias brasileiras, com uma média de quatro pessoas cada”, disse.
Dilma ainda criticou Temer por seus inúmeros retrocessos e ressaltou que ele “não pode tentar melhorar sua popularidade em cima da obra alheia”, fazendo menção à Transposição do rio São Francisco.
Na última sexta-feira (10), Temer e sua comitiva de golpistas visitaram duas cidades do nordeste brasileiro para inaugurar a obra feita nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma.
“Quem primeiro pensou nessa obra foi o imperador Pedro II, mas quem implementou isso foi o Lula”, afirmou.
Dilma se disse ainda vítima de uma conspiração política que não trouxe paz nem desenvolvimento ao Brasil. “Vivemos uma situação indefinida no Brasil e ninguém sabe como as coisas vão se desenrolar”, explicou.
A presidenta eleita participa, desde sexta-feira (10), de uma série de encontros internacionais para dialogar e debater sobre o contexto social e político no Brasil durante e após o golpe. Seu roteiro inclui Genebra, que sedia o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), e Lisboa, onde será recebida pela Fundação Saramago.

Em vários eventos, ela foi recebida como autoridade, numa indicação de que, para boa parte da comunidade internacional, ela ainda é a presidenta legítima do País.

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