sexta-feira, 31 de março de 2017

Mauro Bertoli acata requerimento e Câmara desiste do recurso que defende aumento do número de vereadores.

Presidente Mauro Bertoli posa ao lado de vereadores
presentes durante o anúncio da renúncia do recurso.
Deco presidente da Câmara quando aconteceu todo
imbróglio primeiro defendeu 19 e depois 15 cadeiras
O presidente da Câmara de Vereadores de Apucarana, Mauro Bertoli (DEM) e o procurador jurídico Petrônio Cardoso reuniu vereadores e imprensa no gabinete da presidência nesta sexta-feira (31), à tarde, para anunciar a desistência do recurso da Câmara que defende aumento do número de cadeiras. Bertoli atendeu requerimento assinado por 10 dos onze vereadores e aprovado por unanimidade na sessão da última segunda-feira (27).
O recurso estava na pauta de julgamento da última terça-feira (28) na 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná, mas foi retirado pelo desembargador Carlos Mansur Arida atendendo justificativa do advogado e procurador jurídico Petrônio Cardoso que informou sobre o requerimento aprovado na Câmara que pedia a retirada do recurso.
Bertoli esclareceu que na próxima segunda-feira (03), Petrônio Cardoso se deslocará até o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ) onde vai protocolar o pedido de desistência e retirada do recurso. A partir da renúncia da Câmara e retirada do recurso, a Câmara definitivamente manterá 11 cadeiras, pelo menos até 2020. 
A decisão do presidente deve provocar o descontentamento de candidatos que aguardavam com expectativa, a aprovação do aumento de 15 ou até de 19 cadeiras. 
Relembre o caso
No final de 2013, com 9 votos a favor e dois contrários da ex-vereadora Telma Reis e Luciano Molina, a Câmara aprovou aumento de 11 para 19 cadeiras. Na ocasião Mauro Bertoli e José Airton Deco de Araujo votaram favoráveis ao aumento. Deco inclusive foi o maior defensor do processo, justificando que aumentaria a representatividade no Legislativo.
Em 2015, a Câmara enfrentando pressão de populares no plenário, primeiro rejeitou projeto de iniciativa popular que insistia na manutenção de 11 cadeiras, e depois aprovou a redução de 19 para 15, com votos contrários dos vereadores Telma Reis, Luciano Molina e Mauro Bertoli que queriam 11 vagas.
Em julho de 2016, o juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca, Rogério Tragibo de Campos acatou ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Paraná por meio do promotor Eduardo Cabrini e determinou em 11 o número de vereadores para legislatura 2017/2020. Na Ação o MP pediu a nulidade das Emendas à Lei Orgânica do Município 02/2013 e 02/2015, que alteraram o número de vereadores, de 11 para 19, e de 19 para 15, respectivamente. 
Descontente, a Câmara impetrou recurso contra a decisão da justiça local que manteve 11 cadeiras. O recurso chegou a ter parecer favorável do Ministério Público (MP) do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado do Paraná.

Na pauta de julgamento do dia 21/03, o recurso recebeu voto contrário do relator do processo, o desembargador Nilson Mizuta mas o julgamento acabou adiado por conta de pedido de vista do desembargador Carlos Mansur Arida, o mesmo que que suspendeu o feito na última terça-feira (28).

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