Manifestantes realizam protestos em defesa da Lava Jato em Copacabana zona sul do Rio de Janeiro Foto: Jose Lucena/Futura Press/Folha Press
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A manifestação convocada para este domingo (26) pelo MBL (Movimento
Brasil Livre) e o movimento Vem Pra Rua em apoio à Lava Jato ainda tinha pouca
adesão no Rio por volta das 11h, especialmente se comparada a protestos
anteriores dos mesmos grupos. O protesto acontece na praia de Copacabana. Há
cinco carros de som espalhados ao longo de cinco quarteirões. Entre cada um
deles há espaços vazios. O que atrai o maior grupo de pessoas é o do Vem Pra
Rua, onde um manifestante fala contra o foro privilegiado e a favor da Lava
Jato. "Se Sergio Cabral tivesse foro, não estaria na jaula, como está. Não
há quem não tenha vibrado com a prisão dele", diz ele, em referência ao
ex-governador do Rio, preso preventivamente no Complexo de Bangu. Cabral é tido
pelos investigadores como líder de um esquema de desvios de dinheiro e propina
em obras no Estado do Rio.
O esquema é acusado também de lavar dinheiro ilegal e ocultar recursos
no exterior. Não há cartazes criticando o presidente Michel Temer, apesar de
ele ter sido mencionado em depoimentos de delatores e diversos ministros de seu
governo serem alvo de pedido de inquérito da Procuradoria Geral da República.
Também há falas contra o projeto de lista fechada nas eleições, que tem sido
ventilado como alternativa de reforma política. No formato, o eleitor vota no
partido, e não no candidato. No carro do MBL, um manifestante fala a favor da
reforma das leis trabalhistas. "Qualquer empresário aqui sabe que, diante
de qualquer ação na justiça de um trabalhador, quebra." Ambulantes vendem
bonecos do ex-presidente Lula vestido de presidiário e do juiz Sérgio Moro
fantasiado de super-herói verde-e-amarelo. Há também um carro Movimento Brasil
Real, de descendentes da família real brasileira, que, segundo sua página em
rede social, defende "mudança no regime político", "estado
menor", escola sem partido, fim do estatuto do desarmamento e do foro
privilegiado. Manifestantes ainda não fizeram estimativa de público. A Polícia
Militar do Rio não divulga números de participantes em protestos.
Mais cedo, o protesto
em Brasília também foi bem menor em comparação a outros eventos, como os da
época em que se pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No Recife o
mesmo cenário. O número de manifestantes não chegava nem perto de outros eventos. Do
Bem Paraná, com informações da Folha Press
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