sábado, 25 de março de 2017

Justiça nega liminar para esvaziar cadeia pública de Arapongas

Juiz da Vara da Fazenda Pública deu 30 dias para estado se manifestar sobre caso. Ação foi proposta pela Defensoria Pública do Paraná.

Foto: Bruno Passadore/Divulgação/DPP
A Justiça negou a liminar da Defensoria Pública do Paraná para a interdição da cadeia pública de Arapongas, no norte do Paraná, em sete dias. O pedido, feito por meio de ação civil pública, foi negado pelo juiz Evandro Luiz Camparoto, da Vara da Fazenda Pública do município. A decisão é de quinta-feira (23), mas foi divulgada nesta sexta-feira (24).
Na decisão, Camparoto afirma que a situação da unidade prisional é antiga e, por isso, o processo pode tramitar regularmente, sem necessidade de urgência. O governo terá 30 dias para se manifestar sobre o assunto.
A ação civil pública foi proposta pela Defensoria Pública do Paraná após a realização de uma vistoria na cadeia em fevereiro. Na época, se constatou que o presídio mantinha 182 detentos, sendo que a capacidade era para 36. Além disso, defensores públicos e representantes do Ministério Público ainda encontraram presos com doenças de pele, as condições de higiene do local eram precárias e não há condições adequadas para as visitas de familiares. Por causa da insalubridade e da violação dos direitos humanos que se encontram os presos da cadeia, os defensores pediram urgência no esvaziamento da unidade.
O defensor Bruno Passadore detalhou que apenas o pedido de liminar foi negado, mas que a Defensoria Pública entrará com um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para que a cadeia seja esvaziada o mais rápido possível.
Fonte: G1 Paraná

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