sexta-feira, 24 de março de 2017

Jogo do Brasil teve propaganda de Doria paga por empresário

Cada vez mais pré-candidato ao Planalto em 2018, João Doria teve a logomarca do programa cidade linda, carro-chefe de seu marketing, exibida durante jogo do Brasil contra o Uruguai nesta quinta-feira; graças à "doação" de um empresário amigo, Sydney Oliveira, o dono da farmacêutica Ultrafarma, o nome do programa apareceu nas placas publicitárias eletrônicas do estádio Centenário, que apresentavam para toda a audiência no Brasil o programa de zeladoria urbana de Doria

Enquanto a seleção brasileira de futebol massacrava o Uruguai em Montevidéu, placas publicitárias eletrônicas do estádio Centenário apresentavam para toda a audiência no Brasil a logomarca do Cidade Linda, carro-chefe do marketing do prefeito paulistano, João Doria (PSDB).
As informações são de reportagem de Igor Gielow na Folha de S.Paulo.
"Foi a primeira exposição nacional do programa de zeladoria urbana do tucano, cada dia mais pré-candidato à Presidência em 2018, e com a marca polêmica que tem caracterizado suas ações: ela ocorreu graças a uma doação de um empresário amigo.
No caso, o dono da farmacêutica Ultrafarma, Sydney Oliveira. Segundo a Secretaria de Comunicação da prefeitura, o empresário cedeu dois minutos de exposição de marca que havia comprado nas placas.
Considerando a provável alta audiência do jogo, válido pelas Eliminatórias da Copa de 2018, o programa atingiu pela primeira vez o território nacional fora de noticiários.
Segundo a prefeitura, não houve ônus algum ao município e o valor a que Oliveira renunciou não é conhecido.
A Ultrafarma já esteve no centro de uma controvérsia na gestão Doria, quando o prefeito postou um vídeo antes de reunião com seu secretariado no qual propagandeava suplementos de Oliveira.
Não há ilegalidade, mas a ação, que visava retribuir doação de medicamentos do setor privado, recebeu críticas naturais em um momento em que a relação entre políticos e empresários está sob xeque devido à Operação Lava Jato.
Placas eletrônicas são consideradas uma mídia cara, mas não muito eficientes. Estudos mostram que o telespectador não dá tanta bola assim à propaganda enquanto assiste a um jogo."

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