terça-feira, 7 de março de 2017

CASO JÉSSICA
Julgamento deverá ser suspenso logo mais à tarde e retomado amanhã pela manhã 
Juiz presidente Osvaldo Soares Neto e os promotores
Eduardo Augusto Cabrini e Gustavo Marcel Marinho

O
juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Apucarana, Osvaldo Soares Neto, que preside o julgamento dos acusados de arquitetar e assassinar a apucaranense Jéssica Carline Ananias, informou que o júri será suspenso no fim da tarde desta terça-feira (7). O magistrado disse que a decisão foi tomada em função do desgaste provocado pela continuação sem interrupção.
O júri popular que começou por volta das 7h30 desta terça-feira, será interrompido no final da tarde e retomado nesta quarta-feira (8) pela manhã.
A expectativa é que a sentença saia à tarde ou à noite do mesmo dia. No total, 13 testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas. A previsão é que Bruno Costa e Célia Forti (marido e mãe da vítima) sejam ouvidos por volta das 15 horas de hoje. 
ACUSAÇÃO

Réus: Célia Forti, Bruno Albino e Bruno Costa

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), Célia e Bruno Costa eram amantes há cerca de quatro anos e arquitetaram juntos o plano para matar Jéssica Ananias. A Promotoria sustenta que o planejamento do crime começou em fevereiro de 2013 e os últimos detalhes foram acertados uma semana antes pelo casal em um motel em Londrina. 


Dois dias antes do assassinato, Bruno e Célia se encontraram mais uma vez em uma praça em Arapongas, onde teriam checado os detalhes da execução, bem como a simulação de um assalto. 
Jéssica era casada com Bruno Costa há seis anos. O casamento aconteceu após a gravidez da jovem. Na época do crime, a filha do casal tinha seis anos. Na noite do assassinato, de acordo com informações que constam na denúncia do MP, Bruno levou a menina até a casa da sogra em Arapongas. Ele tinha planejado uma viagem ao Paraguai com a esposa, o que, segundo o MP, seria um estratagema para deixar a filha dormindo na casa dos avós. Na denúncia, consta que os denunciados premeditaram o homicídio e, para tanto, tentaram simular a ocorrência de um latrocínio. Bruno Costa foi o executor crime. Ele usou uma faca para matar a esposa. No laudo de necropsia constam mais de 30 facadas, sendo doze somente na região do coração. Após a execução do crime, segundo o MP, Bruno Costa tentou forjar a cena do homicídio para latrocínio, com a ajuda de Bruno Albino, que receberia R$ 400 por esse trabalho.  Segundo a denúncia, ele tinha conhecimento prévio do planejamento do crime.  
Bruno Albino é acusado de ter ido até residência do casal na madrugada do dia 9 de maio para retirar o carro dos dois. Ele teria levado ainda roupas, a faca, entre outros objetos, que foram colocados dentro de uma bolsa, do local do crime. O veículo foi abandonado na entrada do João Paulo.  O corpo de Jéssica foi encontrado no banheiro da residência do casal. Já Bruno Costa, após o crime, segundo a acusação, algemou as próprias mãos e os pés com lacres plásticos de segurança.  A polícia, no entanto, desconfiou da versão dos fatos e, em depoimento, horas após o crime, Bruno acabou confessando ter sido o autor das facadas. Ele foi preso ainda durante o flagrante. A participação de Bruno Albino foi descoberta no mesmo dia, após o réu ligar para a polícia e confessar participação nos fatos.  
Durante a investigação, a suspeita em torno da participação de Célia Forti aumentou e ela acabou sendo presa 15 dias após o assassinato. Ela nega qualquer participação no crime e admite apenas o envolvimento amoroso com o genro, que seria forçado por ele. Na época ela chegou a alegar que Bruno teria ameaçado sumir com a criança se acaso ela rompesse o relacionamento.
PÚBLICO LOTA DEPENDÊNCIAS DO FÓRUM
Cerca de 200 pessoas lotaram as dependências da sala do júri para acompanhar o desfecho do caso. Muita gente ficou de fora na esperança de conseguir um espaço para presenciar o julgamento.





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