CASO
JÉSSICA
Julgamento deverá ser suspenso logo mais à tarde e retomado amanhã pela manhã
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Juiz presidente Osvaldo Soares Neto e os promotores Eduardo Augusto Cabrini e Gustavo Marcel Marinho |
O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Apucarana, Osvaldo Soares Neto, que preside o julgamento dos acusados de arquitetar e assassinar a apucaranense Jéssica Carline Ananias, informou que o júri será suspenso no fim da tarde desta terça-feira (7). O magistrado disse que a decisão foi tomada em função do desgaste provocado pela continuação sem interrupção.
O júri popular que
começou por volta das 7h30 desta terça-feira, será interrompido no final da
tarde e retomado nesta quarta-feira (8) pela manhã.
A expectativa é que a sentença saia à tarde ou à noite do mesmo
dia. No total, 13 testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas. A previsão é
que Bruno Costa e Célia Forti (marido e mãe da vítima) sejam ouvidos por volta
das 15 horas de hoje.
ACUSAÇÃO
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Réus: Célia Forti, Bruno Albino e Bruno Costa |
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), Célia e Bruno Costa eram amantes há cerca de quatro anos e arquitetaram juntos o plano para matar Jéssica Ananias. A Promotoria sustenta que o planejamento do crime começou em fevereiro de 2013 e os últimos detalhes foram acertados uma semana antes pelo casal em um motel em Londrina.
Dois
dias antes do assassinato, Bruno e Célia se encontraram mais uma vez em uma
praça em Arapongas, onde teriam checado os detalhes da execução, bem como a
simulação de um assalto.
Jéssica
era casada com Bruno Costa há seis anos. O casamento aconteceu após a gravidez
da jovem. Na época do crime, a filha do casal tinha seis anos. Na noite do
assassinato, de acordo com informações que constam na denúncia do MP, Bruno
levou a menina até a casa da sogra em Arapongas. Ele tinha planejado uma viagem
ao Paraguai com a esposa, o que, segundo o MP, seria um estratagema para deixar
a filha dormindo na casa dos avós. Na denúncia, consta que os denunciados
premeditaram o homicídio e, para tanto, tentaram simular a ocorrência de um
latrocínio. Bruno Costa foi o executor crime. Ele usou uma faca para matar a
esposa. No laudo de necropsia constam mais de 30 facadas, sendo doze somente na
região do coração. Após a execução do crime, segundo o MP, Bruno Costa tentou
forjar a cena do homicídio para latrocínio, com a ajuda de Bruno Albino, que
receberia R$ 400 por esse trabalho. Segundo a denúncia, ele tinha
conhecimento prévio do planejamento do crime.
Bruno Albino é acusado de ter ido até residência do casal na
madrugada do dia 9 de maio para retirar o carro dos dois. Ele teria levado
ainda roupas, a faca, entre outros objetos, que foram colocados dentro de uma
bolsa, do local do crime. O veículo foi abandonado na entrada do João
Paulo. O corpo de Jéssica foi encontrado no banheiro da residência do
casal. Já Bruno Costa, após o crime, segundo a acusação, algemou as próprias
mãos e os pés com lacres plásticos de segurança. A polícia, no entanto,
desconfiou da versão dos fatos e, em depoimento, horas após o crime, Bruno
acabou confessando ter sido o autor das facadas. Ele foi preso ainda durante o
flagrante. A participação de Bruno Albino foi descoberta no mesmo dia, após o
réu ligar para a polícia e confessar participação nos fatos.
Durante
a investigação, a suspeita em torno da participação de Célia Forti aumentou e
ela acabou sendo presa 15 dias após o assassinato. Ela nega qualquer
participação no crime e admite apenas o envolvimento amoroso com o genro, que
seria forçado por ele. Na época ela chegou a alegar que Bruno teria ameaçado
sumir com a criança se acaso ela rompesse o relacionamento.
PÚBLICO LOTA
DEPENDÊNCIAS DO FÓRUM
Cerca de 200 pessoas lotaram as dependências da sala do júri para acompanhar o desfecho do caso. Muita gente ficou de fora na esperança de conseguir um espaço para presenciar o julgamento.
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