RENTABILIDADE
Turismo rural aumenta em 30% renda de agricultores
familiares do PR. Apucarana abortou projeto
As ações do Governo
do Paraná, para promover o turismo rural, aumentam em 30% a renda dos
agricultores familiares do Estado. A estimativa é do Instituto Emater,
pertencente à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que mensura como as
atividades turísticas acabam impulsionando a movimentação nas propriedades rurais.
“Chegamos a este valor baseados nas conversas que temos com os produtores rurais do Estado. O movimento nas propriedades aumenta consideravelmente com as ações de turismo e isso se reflete em mais renda aos agricultores familiares”, afirma a coordenadora estadual de turismo rural do Instituto Emater, Valdete Zarpellon
O restaurante Nova Polska, em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, é um exemplo disso. O movimento da propriedade depende exclusivamente dos turistas do campo. “Hoje eu posso dizer que 100% do meu faturamento vem do turismo rural”, conta o proprietário Luan Marcel de Souza, que há dez anos serve Pierogie, Kluski (uma massa com batata e requeijão) e outros pratos típicos da Polônia.
CAMINHADAS
Promovidas no Paraná desde 2006, as caminhadas atraem cerca de 40 mil turistas e movimentam mais de R$ 1 milhão todos os anos. “É uma ferramenta não só para atrair o público urbano, mas também uma forma de mostrar como se vive no mundo rural e promover a comercialização dos produtos feitos no campo”, diz Valdete.
Souza conta que, nas últimas edições do evento, ele teve que fechar seu estabelecimento para atender apenas os caminhantes. “É normal vir cerca de 300 pessoas comer por aqui”, relata.
AGENDA
Em 2017, serão promovidas 147 caminhadas e cicloturismo (ciclismo no campo), sendo que a próxima vai acontecer no domingo (19) em Borrazópolis, no Vale do Ivaí. As caminhadas costumam ter até quatro mil participantes que geralmente consomem nos restaurantes e nas propriedades rurais, movimentando a economia e geram mais renda aos agricultores familiares.
TURISMO PEDAGÓGICO
“O turismo pedagógico é um programa que leva estudantes de escolas estaduais para conhecer o dia a dia de uma propriedade de agricultura familiar”, relata a coordenadora de turismo rural de Curitiba do Instituto Emater, Marilda Gadens Baduy.
Uma dessas propriedades é o Rancho Caminho das Águas, localizado na Colônia Murici, em São José dos Pinhais. O local, que tem 18 hectares, recebe cerca de 60 crianças todas as semanas. “Os alunos aprendem sobre produção orgânica, meio ambiente, trato com animais, colheita e passeiam até de pônei e cavalo”, conta a proprietária Alexandra Leschnhak, 33.
Segundo Alexandra, quase 50% do faturamento da propriedade vem do turismo pedagógico. “Nós fazemos essa atividade há muito tempo, mas foi só em 2013 que começamos a nos profissionalizar. Hoje, só não aumentamos o atendimento às crianças porque somos agricultores familiares e não temos mão de obra suficiente para lidar com a agricultura ogânica, que ainda é nosso foco, e com o turismo”, conta.
No Paraná, há 370 mil produtores rurais, dos quais 320 mil são agricultores familiares. De acordo com a Lei 11.326, de 24 de julho de 2006, as áreas que se enquadraram na categoria de Agricultura Familiar são aquelas com até quatro módulos fiscais (unidade de medida). Cada módulo fiscal equivale a 20 hectares e cada hectare é do tamanho de um campo de futebol. Outro critério é que 70% da mão de obra da propriedade seja da própria família.
Uma das ações do Governo que leva clientes ao
restaurante de Souza é a Caminhada Internacional da Natureza, evento
internacional organizado no Paraná pelo Instituto Emater, prefeituras
municipais e pela ONG Anda Brasil.
Em 2017, serão
promovidas 147 caminhadas e cicloturismo (ciclismo no campo), sendo que a
próxima vai acontecer no domingo (19) em Borrazópolis, no Vale do Ivaí. As
caminhadas costumam ter até quatro mil participantes que geralmente consomem
nos restaurantes e nas propriedades rurais, movimentando a economia e geram
mais renda aos agricultores familiares.
Além da caminhada
internacional, o Governo também tem ações voltadas à capacitação dos
agricultores, artesanato rural, orientação técnica, agroindústria e turismo
rural pedagógico.
APUCARANA
ABORTOU PROJETO
Em 2004 o município de
Apucarana por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico chegou a
lançar o mapa do Turismo Rural local, como parte integrante do Projeto Caminhos
das Águas: Circuito da Fé.
A intenção na ocasião
era promover sobretudo a agroindústria familiar.
Parque da Redenção em Apucarana seria um dos atrativos aos turistas. Local ideal para se construir pousada e restaurante panorâmico. Foto: Arquivo Correio do Vale |
O roteiro tinha como
destaque 54 pontos de visitação, entre propriedades rurais e pontos de turismo,
como parques, praças, pousadas, etc.
Entre outras informações de interesse, o mapa trazia detalhes
sobre localização, distâncias, telefones e espécie de serviço ou lazer
oferecido pela propriedade ou local de visitação.
No entanto, por motivos desconhecidos o projeto não teve sequência.
Se tivesse sido levado adiante, hoje Apucarana poderia estar desfrutando das benesses
que o projeto oferecia, como geração de emprego e renda, além de lazer para a
população local e visitantes.
Com informações da AEN PR
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