terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

POLÊMICA

Voto minerva de Mauro Bertoli antecipa sessão e desagrada grupo dos cinco

Voto minerva do presidente Mauro Bertoli demonstrou que a Câmara está
dividida em dois grupos de cinco vereadores cada. Presidente sabe que
seu voto será decisivo em outras ocasiões e pode ficar em "sinuca de bico".
Atendendo requerimento do vereador Lucas Leugi (Rede), a Câmara de Vereadores de Apucarana, com voto minerva proferido pelo presidente Mauro Bertoli (DEM), antecipou o horário da sessão ordinária que seria realizada à noite, para a tarde desta segunda-feira (20), logo o encerramento da extraordinária que estava acontecendo.

A mudança desagradou o chamado grupo dos cinco, formado pelos vereadores Rodolfo Mota (PSD), professor Edson (PPS), Marcos da Vila Reis (PSD), Gentil Pereira (PV) e Sidrin (DEM), que votaram contra o requerimento.

Votaram a favor da mudança, os vereadores, Deco (PR), Marcia Souza (PSD), Poim (PSB), Molina (Rede), além do autor do requerimento e do presidente.

Lucas Leugi, justificou o pedido de antecipação alegando economia. “Por uma questão de economia e até por uma questão de não pagamento de horas extras aos funcionários que estão aqui”,  fundamentou o vereador, autor da polêmica.

Apesar da votação encerrada e da derrota, Rodolfo Mota ainda tentou reverter a situação, mas seu requerimento foi matéria vencida.

Durante a sessão ordinária, os vereadores contrários à mudança do horário, demostraram descontentamento durante os pronunciamentos.

Marcos da Vila Reis, se referindo à modificação, disse que hoje estava acontecendo algo na Câmara que causava incômodo. “Eu gostaria de dizer que nós temos como prioridade, como meta, ser transparente nesta gestão. Eu acho que antecipar a sessão da noite pra tarde sem que a população possa vir aqui participar é muito prejudicial à democracia de Apucarana. Os nossos familiares e as pessoas que querem participar do nosso mandato vem para o plenário e nesta noite vão chegar aqui e dar com a porta na cara. Fico um pouco indignado e revoltado. Não é assim que vamos construir democracia em Apucarana. O povo precisa e deve participar”, desabafou o representante da Vila Reis.

Gentil Pereira (PV), demonstrou descontentamento. Para ele a votação foi democrática embora questione a forma como foi proposta.  Reclamou que os vereadores poderiam terem sido avisado antes.

Lucas Leugi (Rede), ocupou a tribuna e sem citar nomes contou que tem gente na Casa que não sabe perder. “Não aprendeu a perder desde janeiro e na vida a gente tem derrota e tem vitória. Tem muita gente que até me preocupa porque de uma maneira tão clara, tão pacífica, hoje extrapolou a paciência e me deixou indignado, mas eu ainda valho da democracia. Se fomos eleitos para deliberar, então vamos deliberar”, alfinetou.

Rodolfo Mota, em clara rota de colisão com presidente Mauro Bertoli, começou sua fala reclamando que a tarde não estava sendo agradável e diz que tem insistido com presidente para ser o mais transparente possível. Contou que a transparência é o único caminho para resgatar a autoestima do Poder Legislativo, em especial de Apucarana. Para ele, o Tribunal de Justiça está prestes a decidir a questão do número de vereadores, que pode modificar o número de cadeiras. “Confesso que manter alguns costumes desta Casa, nesta legislatura, sob a sua presidência, não é o que eu espero. Com mais ou com menos vereadores não é o que eu espero. Nós acabamos de nos reunir em seu gabinete para tratar de um assunto e quando nós chegamos aqui neste plenário, já era de conhecimento do senhor que iria acontecer porque a prestação de contas já estava pronta para ser feita nesse momento que foi feita”, criticou Rodolfo Mota.


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