sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

PENITENCIÁRIA VOLTA À PAUTA EM APUCARANA

O debate em torno da construção de uma penitenciária em Apucarana volta a ser cogitado nos meios políticos da cidade.

No seu pronunciamento de abertura dos trabalhos legislativo, o vereador Luciano Molina (REDE) disse que é preciso tocar o dedo na ferida e que Apucarana não pode fugir do debate sobre a construção da unidade prisional. Molina alertou que o dia que acontecer uma desgraça aqui, vai aparecer um monte de gente aqui para resolver a situação do mini presídio. 


















Durante pronunciamento na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal, o vereador Luciano Molina (REDE), disse que é preciso tocar na ferida e que Apucarana não pode fugir do debate. Para ele todos tem que dar a cara pra bater e dizer se é contra ou a favor da penitenciária. “Nós temos que resolver esse problema que também é um problema do estado. A hora que acontecer uma desgraça aqui, vai aparecer um monte de gente pra resolver a situação do mini presídio”, alertou Molina. O vereador ainda comentou sobre a superlotação e as constantes fugas das cadeias de Apucarana, Arapongas e Ivaiporã.

Já o delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, Dr. José Aparecido Jacovós, durante encontro com agricultores para buscar solução para o aumento das ocorrências na zona rural do município, foi incisivo na sua fala. Segundo o delegado, naquele dia oito bandidos de alta periculosidade foram levados para Londrina para colocar tornozeleiras. “Criminosos que certamente vão voltar a delinquir. E por que estão sendo colocados tornozeleiras? Porque temos uma cadeia com capacidade para 96 e hoje temos 330 presos. Todos esses fatores contribuem para que o juiz acabe soltando presos de menor periculosidade, que posteriormente vão virando uma bola de neve”, desabafou.

No encontro com agricultores, o delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, contou que a cadeia tem capacidade para 96 e hoje tem 330 presos. Disse que naquele dia oito bandidos foram levados para Londrina para colocar tornozeleiras eletrônicas, criminosos que certamente vão voltar a delinquir

Em 2010, depois de longos debates e audiências públicas, envolvendo os poderes executivo, legislativo, judiciário além da participação de representantes da sociedade civil organizada, a construção de um Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), com capacidade de 900 presos em regime fechado e semiaberto chegou a ser anunciado oficialmente, tendo inclusive recursos garantido para sua instalação.

Ainda na gestão do ex-prefeito João Carlos de Oliveira, o município destinou um terreno na Estrada Apucarana/Rio Bom, mas a Secretaria de Justiça (Seju) descartou alegando desnível acentuado que impossibilitava a utilização do projeto original.

Em 2013, já no início da gestão do prefeito Beto Preto, um outro local chegou a ser avaliado, mas o caso não avançou e caiu no esquecimento.

FONTE: CORREIO DO VALE

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