PENITENCIÁRIA VOLTA À PAUTA EM APUCARANA
O debate em torno da construção de uma penitenciária em Apucarana volta a ser cogitado nos meios políticos da cidade.
Durante
pronunciamento na abertura dos trabalhos da Câmara Municipal, o vereador
Luciano Molina (REDE), disse que é preciso tocar na ferida e que Apucarana não
pode fugir do debate. Para ele todos tem que dar a cara pra bater e dizer se é
contra ou a favor da penitenciária. “Nós temos que resolver esse problema que
também é um problema do estado. A hora que acontecer uma desgraça aqui, vai
aparecer um monte de gente pra resolver a situação do mini presídio”, alertou
Molina. O vereador ainda comentou sobre a superlotação e as constantes fugas
das cadeias de Apucarana, Arapongas e Ivaiporã.
Já
o delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, Dr. José Aparecido
Jacovós, durante encontro com agricultores para buscar solução para o aumento
das ocorrências na zona rural do município, foi incisivo na sua fala. Segundo o
delegado, naquele dia oito bandidos de alta periculosidade foram levados para
Londrina para colocar tornozeleiras. “Criminosos que certamente vão voltar a
delinquir. E por que estão sendo colocados tornozeleiras? Porque temos uma
cadeia com capacidade para 96 e hoje temos 330 presos. Todos esses fatores
contribuem para que o juiz acabe soltando presos de menor periculosidade, que
posteriormente vão virando uma bola de neve”, desabafou.
Em 2010, depois de longos debates e audiências públicas, envolvendo os poderes executivo, legislativo, judiciário além da participação de representantes da sociedade civil organizada, a construção de um Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), com capacidade de 900 presos em regime fechado e semiaberto chegou a ser anunciado oficialmente, tendo inclusive recursos garantido para sua instalação.
Ainda
na gestão do ex-prefeito João Carlos de Oliveira, o município destinou um
terreno na Estrada Apucarana/Rio Bom, mas a Secretaria de Justiça (Seju)
descartou alegando desnível acentuado que impossibilitava a utilização do
projeto original.
Em
2013, já no início da gestão do prefeito Beto Preto, um outro local chegou a
ser avaliado, mas o caso não avançou e caiu no esquecimento.
FONTE: CORREIO DO VALE
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