EX-SECRETÁRIA DA ODEBRECHT
NÃO
CONFIRMA PAGAMENTO DE
PROPINA A PALOCCI
Em
depoimento por vídeoconferência ao juiz Sergio Moro nesta sexta-feira, 3, a
funcionária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares afirmou que fez pagamentos de
propina para uma pessoa de codinome "Italiano" por meio do
Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, mas não afirmou que o
destinatário era o ex-ministro Antônio Palocci.
Ela prestou depoimento como testemunha de acusação na ação penal
do Ministério Público Federal contra o ex-ministro. "Não, senhor. Sabia os
codinomes, mas não sabia quem eram as pessoas referentes a esses codinomes.
Nenhum codinome chegava a gente. Eu também nunca tive curiosidade de
saber", relatou. "Foi Fernando Migliaccio que passou pra mim pra
fazer a programação do dia a dia, com os valores", disse a ex-funcionária.
Segundo os investigadores da Lava Jato, Maria Lúcia era
responsável por repassar as informações das planilhas de pagamentos paralelos
para os entregadores e, depois, receber deles os extratos para fazer a
conferência com as planilhas que recebia.
Durante o depoimento, Palocci e seu ex-assessor Branislav
Kontic, que também é réu nesse processo, estavam presentes. Em dado momento, o
advogado que defende os dois pediu para que Maria Lúcia olhasse para ambos para
ver se os reconhecia. A ex-funcionária disse que nunca esteve com eles e que
conhece Palocci apenas "da televisão".
Ainda devem ser ouvidos o ex-gerente de Serviços da Petrobras,
Pedro Barusco, o operador Zwi Skornicki e o senador cassado Delcídio do Amaral.
Fonte:
Brasil 247
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