terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

EDUARDO CUNHA SERÁ INTERROGADO PELO JUIZ SÉRGIO MORO HOJE À TARDE EM CURITIBA

Ele é acusado de receber propina no valor de R$ 5 milhões em contrato para a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. 

O deputado cassado Eduardo Cunha será interrogado nesta terça-feira (7), pelo juiz federal Sérgio Moro, no processo em que é réu na Operação Lava Jato. Será o 1º depoimento em juízo do ex-presidente da Câmara.
Cunha é acusado de receber propina no valor de R$ 5 milhões em contrato para a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África. E de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. O depoimento está marcado para as 15h.

De acordo com o advogado de Cunha, Marlus Arns de Oliveira, o deputado cassado falará –apesar de ter o direito de ficar calado. “É um interrogatório em que ele não deve permanecer em silêncio. Ele vai responder às questões que serão formuladas. Temos trabalhado cotidianamente o preparo das resposta às acusações que lhe foram imputadas.”

O defensor afirma que não há previsão de delação premiada. “Não há nenhuma sinalização relativa à colaboração premiada. Não se tratou dessa questão entre cliente e advogados, tampouco se tratou dessa questão com o Ministério Público. Então, não há tratativa referente à colaboração premiada de Eduardo Cunha.”

O deputado cassado está preso preventivamente desde o dia 19 de outubro. De acordo com o Ministério Público Federal, a prisão preventiva se justifica porque há evidências de que Cunha tem contas no exterior que ainda não foram identificadas. Poderia colocar em risco as investigações, afirmam. Os procuradores também alegam que ele tem dupla nacionalidade –brasileira e italiana– e poderia fugir do país.

Cunha ficou na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Em dezembro foi transferido para o Complexo Médico Penal, na região metropolitana da capital paranaense.

O processo contra ele foi aberto pelo Supremo Tribunal Federal. Após a cassação do mandato, ele perdeu o foro privilegiado e a ação foi encaminhada a Sérgio Moro.
Após a prisão, a defesa de Cunha negou que ele tenha praticado qualquer conduta ilegal. Com informações da Agência Brasil.

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