sexta-feira, 24 de outubro de 2025

APUCARANA: Prefeito Rodolfo Mota recebe medalha de mérito no aniversário de 48 anos do 10º Batalhão de Polícia Militar



O 10º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Apucarana, celebrou os 48 anos de existência. Em solenidade que ocorreu nesta sexta-feira (24/10) e foi realizada no auditório da Unespar. O 10º BPM fez a entrega da medalha de mérito a personalidades civis e militares que contribuíram para o fortalecimento da instituição. Entre os homenageados, o prefeito Rodolfo Mota recebeu a honraria como reconhecimento pela parceria entre a Prefeitura de Apucarana e o 10º BPM.

“Receber essa homenagem é uma alegria enorme, resultado de um trabalho conjunto com a Polícia Militar. Essa união tem contribuído para reduzir os índices de criminalidade, sendo uma parceria essencial para proteger a população e fortalecer as ações preventivas”, afirmou o prefeito, destacando também a integração que existe atualmente entre a Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Segurança e Trânsito (Segtran) e a Guarda Civil Municipal (GCM).

O comandante do 10º Batalhão, tenente-coronel Robson Falk Vieira, lembrou a trajetória da unidade, construída com “coragem, lealdade e amor ao Paraná”. Ele ressaltou que essa história reflete o esforço coletivo de homens e mulheres que, com disciplina e sacrifício, mantêm viva a missão de servir e proteger. O comandante também agradeceu às instituições parceiras, como o Ministério Público, Poder Judiciário, Bombeiros, Exército, as demais forças policiais e as prefeituras, destacando que a segurança pública se faz com união e propósito comum.

Já o coronel José Renato Mildemberger Júnior, comandante do 3º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM), lembrou – ao receber a medalha de mérito – que iniciou sua carreira justamente no 10º BPM, em 1995, e que a unidade ocupa um lugar especial em sua trajetória. O oficial ressaltou o simbolismo da homenagem, recebida após 30 anos de carreira, e o orgulho de ter servido no batalhão.

O tenente-coronel Juarez Saldanha Machado, comandante do 2º CRPM, também destacou o papel de destaque do 10º BPM nos indicadores. Segundo ele, a unidade é líder em cumprimento de mandados de prisão dentro da área do segundo comando regional, o que contribui diretamente para a redução nos índices de criminalidade.

Reconhecimento a civis e militares – A Medalha de Mérito do 10º Batalhão de Polícia Militar é uma das maiores honrarias da corporação e reconhece militares e civis que prestaram relevantes serviços à segurança pública. Além do prefeito Rodolfo Mota, também foram agraciados Antonio Carlos Marques Ferreira, presidente do Conseg de Califórnia, e Vicente Batista Júnior, presidente do Conseg de Apucarana, Oezir Marcello Kantor e Edson Geraldo Rosini. Entre os 20 militares homenageados, está a 1ª tenente Andressa Viana da Silva, filha do secretário municipal de Segurança e Trânsito, major Vilson Laurentino da Silva.

O 10º BPM foi criado em 24 de outubro de 1977 e atualmente abrange 12 municípios: Apucarana, Jandaia do Sul, Cambira, Califórnia, Kaloré, Marumbi, Marilândia do Sul, Novo Itacolomi, São Pedro do Ivaí, Bom Sucesso, Mauá da Serra e Rio bom. A unidade mantém diversas frentes de trabalho, como radiopatrulha, Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), Rondas Ostensivas com Aplicação de Motocicletas (Rocam), patrulha rural, operações com cães, setor de inteligência e patrulha Maria da Penha.

O evento contou ainda com as presenças do deputado estadual Arilson Chiorato, do tenente-coronel Ubiratan Athayde Marcondes Filho, comandante do 30º BIMec, do tenente-coronel Leandro José Calegari, comandante do 11º BBM, do delegado-chefe da 17ª SDP, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, e do diretor-geral da Unespar, Daniel Fernando Matheus Gomes. Diversos prefeitos da região, além de representantes do Judiciário e do Ministério Público, também prestigiaram a cerimônia, que celebrou a história e a força do 10º Batalhão, guardião do Vale do Ivaí.



Fonte: Prefeitura de Apucarana

Dia de Finados: últimos dias para manutenção de túmulos nos cemitérios de Apucarana

Obras e reformas devem ser concluídas até segunda-feira (27); pinturas até quarta (29) e limpezas até sexta (31)


Com a proximidade do Dia de Finados, celebrado em 2 de novembro, a Prefeitura de Apucarana, por meio da Autarquia Municipal de Serviços Funerários (Aserfa), reforça os prazos estabelecidos para quem pretende realizar serviços de manutenção nos túmulos dos cemitérios municipais da Saudade, Cristo Rei e do distrito de Pirapó.

As obras de construção e reforma poderão ser executadas somente até a próxima segunda-feira, dia 27 de outubro. O prazo para pinturas termina na quarta-feira, dia 29, enquanto os serviços de limpeza poderão ser feitos até sexta-feira, dia 31. Após essas datas, as manutenções ficarão temporariamente suspensas, medida necessária para garantir a segurança dos visitantes e a boa organização dos cemitérios durante o feriado.


O diretor-presidente da Aserfa, José Airton Deco de Araújo, explica que a medida visa preparar os espaços para receber o grande público esperado. “Cerca de 40 mil pessoas devem passar pelos cemitérios de Apucarana no final de semana do feriado de Finados. Por isso, é fundamental que todos respeitem os prazos e contribuam para manter os locais limpos e seguros”, destaca.

Os trabalhos de construção, reforma, pintura e limpeza poderão ser retomados normalmente a partir do dia 3 de novembro.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

VÍDEO – “Não sou fantoche”: a briga entre os bolsonaristas Carol De Toni e Jorginho Mello

 

Caroline De Toni e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
A deputada federal Caroline De Toni (PL-SC) afirmou que poderá deixar o Partido Liberal caso o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, não confirme o apoio à sua pré-candidatura ao Senado nas eleições de 2026. Em entrevista à Rádio Princesa, de Xanxerê, na última quinta-feira (23), Caroline revelou que recebeu do próprio governador a promessa de ser o nome do partido para a disputa.

Segundo a parlamentar, o impasse se agravou após a reunião entre Jorginho Mello e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada na quarta-feira (22) em Brasília.

“O Jorginho foi visitar o Bolsonaro, e o Bolsonaro insistiu no meu nome. O Jorginho insistiu no nome do Amin. Então, o Bolsonaro disse a ele: ‘Vou apoiar a Caroline, onde quer que ela esteja’. Deixou o governador bem ciente disso”, afirmou.

A parlamentar também reagiu às tentativas de enquadramento dentro do partido. “Há quem ache que eu sou uma pessoa serena e que, por isso, posso ser tratada como fantoche ou palhaça. Mas ninguém aqui é fantoche, ninguém é palhaço. Trabalho com consciência tranquila e com a verdade”, declarou.


Caroline contou que o governador esteve em sua casa e reafirmou o compromisso pessoal de apoiá-la, mas que a indefinição permanece. “Ele olhou nos meus olhos e disse que a vaga seria minha. Mas também não quer abrir mão do tempo de TV do Amin. Até março, quando abre a janela partidária, espero resolver isso dentro do partido. Se não conseguir, vou buscar outro caminho”, disse.

Durante a entrevista, a deputada fez críticas diretas às “velhas práticas da política” e declarou que não aceitará subordinação a lideranças estaduais. “Eu não tenho dependência de nenhum desses três grandes líderes: Jorginho Mello, João Rodrigues e Esperidião Amin. Não me elegi vinculada a nenhum deles. Não vou aceitar uma situação que me cause constrangimento”, afirmou.

Caroline reforçou que sua pré-candidatura representa, segundo ela, um desejo de lideranças e eleitores catarinenses. “Conversei com vários prefeitos, deputados e lideranças de diferentes partidos. Todos me incentivam. Fica difícil voltar atrás depois de ter dado minha palavra. E, ao contrário de muitos políticos, eu cumpro o que prometo”, afirmou.

A deputada destacou sua trajetória política e o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se me elegi pela primeira vez, foi graças ao apoio do presidente Bolsonaro. Eu era uma advogada de Chapecó, com militância na direita e experiência nos movimentos de rua. Ele acreditou em mim, e eu aproveitei a oportunidade para trabalhar e mostrar resultado”, disse.

Fonte: DCM

Prova de vida: INSS convoca 4 milhões e pode bloquear benefícios; saiba o que fazer

Fachada do edifício-sede do INSS em São Paulo (SP); instituto convoca 4 milhões para prova de vida. Foto: Cristiane Gercina/Folhapress

O INSS notificou cerca de 4 milhões de aposentados e pensionistas que ainda não fizeram a prova de vida em 2024. A verificação é obrigatória para garantir o pagamento dos benefícios. Segundo o órgão, os avisos foram enviados pelos bancos responsáveis pelos depósitos. Quem recebeu a notificação tem 30 dias para regularizar a situação, caso contrário, o pagamento pode ser bloqueado até a comprovação de que o segurado está vivo.

A maioria dos beneficiários não precisa comparecer a agências, já que o sistema do INSS passou a realizar a prova de vida de forma automática desde 2022. O cruzamento de dados é feito por meio de registros de biometria no sistema bancário, no Tribunal Superior Eleitoral e em outros órgãos públicos. Atualmente, cerca de 94% dos 36,9 milhões de segurados têm o procedimento validado sem precisar agir.

Quem não teve a comprovação automática pode fazer o processo no site ou aplicativo Meu INSS, informando CPF e senha do Gov.br, e realizando o reconhecimento facial quando solicitado. O procedimento também está disponível nos aplicativos de alguns bancos ou presencialmente na agência responsável pelo pagamento. O objetivo da medida é evitar fraudes e garantir que os benefícios sejam pagos apenas a quem realmente tem direito.

O INSS alerta ainda para golpes. O órgão não faz ligações, não envia cartas nem solicita dados pessoais por SMS ou WhatsApp. “Desconfie de qualquer mensagem, ligação ou visita fora dos canais oficiais”, orienta o instituto. Em caso de dúvida, o segurado deve acessar o portal Meu INSS ou ligar para o número 135 para confirmar se há pendências.

Fonte: DCM

Rejeição a Milei atinge recorde de 55,7% a menos de 48 horas de eleições legislativas na Argentina

Escândalos e inflação corroem apoio a Milei às vésperas das eleições legislativas na Argentina

    Javier Milei (Foto: Reuters/Denis Balibouse)

A dois dias das eleições legislativas que podem redefinir o equilíbrio de forças no Congresso, o presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta o pior momento de seu governo. Segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (24) pelo instituto AtlasIntel, 55,7% dos argentinos desaprovam sua gestão, enquanto 39,9% a aprovam e 4,4% não souberam responder.

Segundo o Metrópoles, o levantamento indica que a diferença de quase 15 pontos percentuais entre aprovação e rejeição é a maior já registrada pela série histórica da AtlasIntel, reforçando o declínio contínuo da popularidade de Milei desde o início de 2025. A pesquisa AtlasIntel ouviu 6.526 eleitores argentinos entre 15 e 19 de outubro, com margem de erro de um ponto percentual

◎ Insatisfação com a economia e aumento da rejeição

O estudo mostra que 51,8% dos entrevistados classificam o governo como “ruim” ou “muito ruim”, enquanto apenas 24,6% o consideram “bom” ou “excelente”. As causas da insatisfação estão ligadas ao agravamento da crise econômica, ao desemprego e às denúncias de corrupção que atingem o círculo mais próximo do presidente.

Os principais problemas apontados pelos argentinos são corrupção (50,8%), desemprego (33,2%) e inflação (30,8%). Nos últimos meses, escândalos envolvendo assessores e a irmã do presidente, Karina Milei, abalaram a confiança popular. O discurso de “moralização da política”, marca da campanha de Milei, perdeu força diante das acusações e do aumento do custo de vida.

◎ Crise social e descontentamento generalizado

A frustração com a situação do país é evidente: 68% dos entrevistados afirmam que a Argentina vai mal sob a gestão Milei, 70% acreditam que o mercado de trabalho piorou e 51% dizem que as famílias enfrentam dificuldades financeiras.

A percepção negativa se reflete nas ruas e nas redes sociais, onde aumentam as críticas ao pacote de austeridade imposto pelo governo. Economistas apontam que o corte de gastos e a desvalorização do peso contribuíram para aprofundar a crise social.

◎ Eleições decisivas e futuro político incerto

As eleições deste domingo (26/10) serão determinantes para o futuro do governo Milei. Estão em disputa 127 das 254 cadeiras da Câmara dos Deputados e 24 das 72 do Senado. O partido de Milei, atualmente com 37 deputados e seis senadores, tenta ampliar sua base para viabilizar as reformas econômicas propostas.

Mesmo com apoio dos Estados Unidos e de investidores internacionais, o presidente enfrenta forte resistência interna. A oposição o acusa de agravar a desigualdade social e desmantelar políticas públicas. Milei, porém, insiste que o ajuste fiscal é necessário para “reconstruir a Argentina” e estabilizar a economia.

O Banco Central argentino firmou recentemente um acordo cambial de US$ 20 bilhões com o Tesouro norte-americano e negocia nova linha de crédito com bancos privados dos EUA. Ainda assim, especialistas avaliam que o desempenho do governo nas urnas será decisivo para determinar a estabilidade política nos próximos meses.

◎ Disputa acirrada e perspectivas

Pesquisas apontam uma corrida equilibrada entre o partido governista e a coalizão peronista, especialmente na província de Buenos Aires, onde a oposição mantém força histórica. Mesmo que o governo consiga ampliar sua bancada, dificilmente alcançará maioria no Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Trama golpista: defesa de Mauro Cid pede ao STF extinção da pena

Militar está sob o monitoramento de tornozeleira eletrônica

       Mauro Cid - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)


Andre Richter, repórter da Agência Brasil - A defesa do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pediu nesta sexta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a extinção da punibilidade do militar.

A manifestação foi enviada ao Supremo após a publicação do acórdão do julgamento que condenou Mauro Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus do Núcleo 1 da trama golpista. As defesas têm cinco dias para apresentar recursos. O prazo termina na próxima segunda-feira (27).

De acordo com o advogado Cesar Bittencourt, Cid já cumpriu a pena de dois anos de prisão durante as investigações e deve ter punibilidade extinta em função do acordo de delação premiada.

“Proferida sentença, já cumprida a pena nela imposta, resta claro que não subsiste qualquer fundamento razoável para a manutenção de cautelares preventivas, autorizando ao juízo, evidentemente, uma flexibilização dessas medidas antes impostas, pelo menos, quanto ao direito pleno de locomoção”, afirmou a defesa.

Cid está em liberdade, sob o monitoramento de tornozeleira eletrônica, com o passaporte retido e impedido de sair do país.

No dia 11 de setembro, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Cid, Bolsonaro e mais seis réus pelos crimes de crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Fonte: Brasil 247

Boulos toma posse como ministro na quarta-feira

Lula aposta em Guilherme Boulos para fortalecer a articulação política e aproximar o governo de setores populares

       Guilherme Boulos (Foto: Kayo Magalhaes / Câmara)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará posse a Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República. A cerimônia ocorrerá na próxima quarta-feira, 29 de outubro, às 16h, no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília.

Boulos foi escolhido para ocupar uma função-chave na articulação do governo junto à sociedade civil e às bases políticas. Lula enxerga no novo ministro uma figura essencial para consolidar uma coordenação política de caráter informal, voltada à construção de alianças e à mobilização social até a eleição presidencial de 2026.

O novo ministro atuará em sintonia com Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais, e Sidônio Palmeira, titular da Secretaria de Comunicação Social. Juntos, formarão o núcleo responsável por impulsionar as agendas de mobilização e diálogo direto com a população.

◎ As três missões dadas por Lula a Boulos

Fontes próximas ao Planalto informam que Boulos recebeu do presidente três tarefas centrais: “colocar o governo na rua”, ampliar o diálogo com os trabalhadores de aplicativos e fortalecer a pauta pelo fim da escala 6x1. A estratégia é aproveitar a trajetória do novo ministro, marcada pela atuação em movimentos sociais e pela capacidade de mobilização, para aproximar o governo de setores populares e sindicais.

No entanto, lideranças de partidos de centro avaliam que a imagem de Boulos como “radical de esquerda” pode gerar resistência em segmentos fora da base histórica do PT.

◎ Primeiros passos no ministério

Nos primeiros dias após a posse, Boulos deverá se reunir com servidores e dirigentes da Secretaria-Geral, incluindo o ex-ministro Márcio Macêdo, que deixa o cargo para se dedicar à candidatura a deputado federal por Sergipe. A transição servirá para definir quais projetos terão continuidade.

A nova equipe será composta por aliados de longa data do ministro — entre eles militantes da Frente Povo Sem Medo e do MTST —, mas também incluirá representantes de outros movimentos, como o MST. O principal desafio será equilibrar as tradicionais disputas entre grupos ligados ao PSOL e setores da esquerda próximos ao PT.

◎ A pauta dos trabalhadores de aplicativos

Um dos temas mais sensíveis sob a responsabilidade de Boulos será a regulamentação do trabalho por aplicativos, ponto de atrito entre o governo e os trabalhadores da categoria. A tentativa anterior de acordo, que chegou a ser articulada em conjunto com o então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi rejeitada pelos entregadores e motoristas, que apontaram risco de perda de renda.

Agora, o novo ministro articula um texto alternativo, que prevê remuneração mínima, seguro obrigatório e transparência nos algoritmos, preservando a flexibilidade do trabalho. A proposta foi elaborada em diálogo com associações de entregadores e já tem apoio de parlamentares de dez partidos, inclusive da centro-direita. No Planalto, há expectativa de que a medida se transforme em uma bandeira eleitoral para 2026, caso avance ainda nesta legislatura.

◎ Mobilização nacional

Outra missão de Boulos será liderar uma mobilização nacional em defesa dos programas federais. Ele percorrerá os estados como uma espécie de “porta-voz itinerante” do governo, reforçando a comunicação direta com a população e apresentando resultados de políticas públicas. A ideia é que atue como uma extensão da figura de Lula, que tem dividido sua agenda entre compromissos internos e viagens internacionais.

◎ Escala 6x1 e bandeira trabalhista

O terceiro eixo de atuação do novo ministro será a pauta trabalhista contra a escala 6x1, regime que obriga o trabalhador a atuar seis dias por semana, com apenas um de folga. A proposta de mudança, impulsionada por movimentos sociais e apoiada por Lula, ganhou força recentemente nas redes e no Congresso.

Uma PEC apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) propõe o fim da escala, mas ainda enfrenta resistência de parte dos parlamentares. Caberá a Boulos ampliar o debate e transformar a iniciativa em uma das principais bandeiras de Lula para 2026.

Fonte: Brasil 247

Gleisi critica Flávio e Eduardo Bolsonaro: 'família com vocação para trair o Brasil'

A ministra denunciou a tentativa de violar a soberania nacional após o senador Flávio Bolsonaro pedir intervenção dos EUA no território brasileiro

     Gleisi Hoffmann (Foto: Thiago Dias/SEAUD)

A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, repudiou nesta sexta-feira (24) as articulações feitas pela família Bolsonaro junto a políticos da extrema direita nos Estados Unidos, com o objetivo de possibilitar interferências do governo Donald Trump no Brasil.

A titular da pasta fez o comentário após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) agredir a soberania nacional brasileiro e pedir que a gestão do presidente norte-americano envie forças ao Brasil para combater o tráfico de drogas.

“Primeiro, Eduardo Bolsonaro pediu o tarifaço e as sanções da Magnitsky para atacar o Brasil. Agora é Flávio Bolsonaro que pede a intervenção armada dos EUA em nosso território. Não tem limites a vocação dessa família para trair o Brasil. Felizmente temos o presidente Lula no comando, para defender nossa soberania contra qualquer tipo de intervencionismo”, escreveu Gleisi na rede social X.

Desde que tomou posse, em janeiro, o presidente Donald Trump tem anunciado algumas ofensivas contra países localizados na América do Sul, como parte de uma política unilateralista e que tenta impor a hegemonia dos EUA na economia global em um contexto de relações mais estreitas do país latino-americanos com a China e com o BRICS. A justificativa usada pelo chefe da Casa Branca é o combate ao tráfico de drogas.

Risco de guerra na América do Sul

Os recentes ataques a navios nas regiões do Pacífico e do Caribe próximas à América do Sul integram uma operação promovida pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mais de 30 pessoas morreram em pouco mais de um mês. Washington anunciou o envio de tropas militares para o Caribe, próximo à América do Sul, sob a justificativa de combater o narcoterrorismo.

Nesta sexta (24), um ataque dos EUA contra um suposto navio com drogas deixou algumas pessoas mortas, informou o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth. O presidente Trump confirmou que as operações militares contra supostos cartéis de drogas entrarão em uma nova fase terrestre.

  • Venezuela
O governo norte-americano ofereceu uma recompensa de até US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 270 milhões) por informações que possam resultar na captura do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

O presidente Trump determinou que a CIA e o Pentágono implementassem medidas mais rigorosas contra o governo venezuelano. O presidente venezuelano anunciou que o país ativou integralmente seu plano de defesa diante das “ameaças” dos Estados Unidos.

  • Colômbia

No mesmo contexto, o presidente dos Estados Unidos acusou o chefe de Estado colombiano, Gustavo Petro, de envolvimento com o narcotráfico e suspendeu o pagamento de subsídios destinados à Colômbia.

O presidente da Colômbia rejeitou as acusações feitas pelo governo trumpista e anunciou que ingressará com uma ação judicial contra o governo do presidente norte-americano.

  • Brasil

No caso do governo brasileiro, a tentativa de interferência já vem acontecendo. O presidente Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados aos EUA e a suspensão dos vistos de ministros do STF para entrada em território norte-americano.

O motivo mais implícito para as duas medidas é a articulação cada vez mais forte do Brasil com o multilateralismo, o que faz uma frente de resistência à hegemonia norte-americana em amplos aspectos. Um exemplo é a discussão sobre uma moeda única entre países do BRICS e, por consequência, a redução da dependência do dólar em transações internacionais.

A causa mais explícita para as sanções dos EUA contra o Brasil é a investigação do plano golpista contra Jair Bolsonaro (PL). O aliado de Trump foi condenado pelo STF a 27 anos de prisão. As sanções foram oficializadas por meio de decreto assinado em 30 de julho, antes da condenação de Bolsonaro, que ocorreu em 11 de setembro, com pena fixada em 27 anos de prisão.

Além de Jair Bolsonaro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, em 22 de setembro, uma denúncia contra o deputado Eduardo Bolsonaro. Segundo o órgão, o parlamentar teria mantido contatos com representantes do governo norte-americano com o objetivo de exercer pressão econômica sobre o Brasil em razão das investigações relacionadas à tentativa de golpe atribuída a Jair Bolsonaro.

No caso da Lei Magnitsky, citada por Gleisi, a legislação foi aprovada em 2012 e foi criada originalmente para punir os responsáveis pela morte do advogado russo Sergei Magnitsky, ocorrida em 2009, em uma prisão de Moscou. Em 2016, seu escopo foi ampliado, permitindo que os Estados Unidos aplicassem sanções a pessoas e instituições acusadas de corrupção ou de violações de direitos humanos, mesmo sem a necessidade de decisão judicial prévia.

A Lei Magnitsky vem sendo usada para sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, especificamente. Ele é o relator do inquérito da trama golpista na Corte. As sanções impostas ao ministro determinam o bloqueio de possíveis bens e ativos financeiros que estejam sob jurisdição norte-americana. Bancos dos Estados Unidos devem comunicar ao Office of Foreign Assets Control (OFAC) qualquer identificação desses recursos, e o ministro fica impedido de realizar operações financeiras ou movimentar valores no país.

De acordo com pessoas próximas, Alexandre de Moraes minimizou o impacto da decisão, afirmando que a medida “não altera nada”, uma vez que ele não possui contas, investimentos ou propriedades nos Estados Unidos.

Fonte: Brasil 247

Aprovação de Lula sobe para 51,2%, diz Atlas

A desaprovação é de 48,1%, aponta a pesquisa

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a registrar maioria de aprovação popular. De acordo com levantamento da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg, divulgado nesta sexta-feira (24), 51,2% dos brasileiros avaliam positivamente o desempenho do governo, enquanto 48,1% o desaprovam. Apenas 0,6% dos entrevistados afirmaram não saber como opinar sobre o tema.

A pesquisa foi realizada entre 15 e 19 de outubro de 2025 e ouviu 14.063 pessoas por meio de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). O levantamento tem margem de erro de um ponto percentual e nível de confiança de 95%.

Oscilação dentro da margem de erro

Os números representam uma pequena variação positiva em relação ao mês anterior, quando Lula tinha 50,8% de aprovação. Apesar da oscilação estar dentro da margem de erro, o índice atual é o melhor desde janeiro de 2024, quando o presidente também registrou 51,2%. Na época, porém, a desaprovação era menor, atingindo 45,4%.

O levantamento revela ainda diferenças significativas entre os grupos demográficos. A aprovação de Lula é mais expressiva entre mulheres (55,7%), pessoas com mais de 60 anos (67,9%) e aqueles com ensino superior completo (60,3%). O presidente também é mais bem avaliado entre os que têm renda familiar acima de R$ 10 mil (64,6%), agnósticos e ateus (81,3%) e moradores do Nordeste (54,8%).

Por outro lado, os índices são mais baixos entre homens (46,1%), pessoas de 25 a 34 anos (39,1%), brasileiros com até o ensino médio (43,1%) e famílias com renda de até R$ 2 mil (6%). Entre os evangélicos, a aprovação é de apenas 27,6%, enquanto no Centro-Oeste atinge 37,2%.

 

Fonte: Brasil 247

Lindbergh aciona o STF contra Flávio Bolsonaro por incitar ataque ao Brasil

Deputado petista acusa o senador de atentar contra a soberania nacional ao sugerir que os EUA realizem bombardeios na costa do Rio de Janeiro

      Flávio Bolsonaro e Lindbergh Farias (Foto: ABR)

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou nesta sexta-feira (24) uma representação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O pedido, encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, solicita que o parlamentar seja investigado por atentado à soberania nacional e crime militar praticado por civil.

A ação foi motivada por uma publicação feita por Flávio Bolsonaro em suas redes sociais nesta quinta-feira (23). No texto, o senador sugere que os Estados Unidos realizem ataques militares na costa do Rio de Janeiro contra embarcações supostamente envolvidas com o tráfico de drogas. Ele afirmou: “Que inveja! Ouvi dizer que há barcos como este aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”.

⊛ Pedido de apuração por atentado à soberania

Na representação, Lindbergh Farias argumenta que a fala do senador ultrapassa os limites da liberdade de expressão parlamentar e configura proposição concreta de ação armada estrangeira em águas jurisdicionais brasileiras. O deputado destaca que o mar territorial brasileiro integra o território nacional, conforme a Lei nº 8.617/1993 e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, e está sob a autoridade das Forças Armadas brasileiras.

De acordo com o texto, o ato de provocar uma potência estrangeira a agir militarmente no território brasileiro viola o dever constitucional de lealdade à Pátria e afronta o papel das Forças Armadas, cuja missão é a defesa da soberania nacional. Lindbergh também cita o juramento parlamentar, que obriga o senador a “manter e defender a independência e a soberania do Brasil”.

⊛ Crimes previstos no Código Penal e no Código Penal Militar

A representação pede a apuração do caso com base no artigo 359-I do Código Penal, que trata do crime de atentado à soberania nacional, e nos artigos 9º, I, e 142, I, do Código Penal Militar, que tipificam o crime militar praticado por civil. Segundo Lindbergh, a simples incitação pública à intervenção estrangeira já configura o delito, mesmo que não haja resultado concreto.

O deputado solicita que o STF comunique a Procuradoria-Geral da Justiça Militar, requisite registros das declarações do senador e determine a oitiva de Flávio Bolsonaro. Também pede que o ministro Alexandre de Moraes avalie medidas cautelares para proteger a ordem pública e a soberania nacional durante as investigações.

Fonte: Brasil 247

"Maduro não é Bin Laden", diz Celso Amorim sobre ameaças dos EUA à Venezuela

Diplomata diz ver a mobilização militar dos EUA na região do Caribe com “muita preocupação”

       Celso Amorim (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Assuntos Internacionais, criticou as recentes ameaças dos Estados Unidos de realizar uma operação militar na Venezuela. Em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, Amorim afirmou observar o cenário "com muita preocupação", após a movimentação de helicópteros de tropas de elite estadunidenses no Caribe — os mesmos modelos usados na operação que matou Osama Bin Laden em 2011.

◉ "Você pode gostar ou não do Maduro, mas não é o Bin Laden"

Para Amorim, a postura de Washington é desproporcional e perigosa. "Vejo com muita preocupação. Não é a mesma coisa. Você pode gostar ou não do Maduro, mas não é o Bin Laden. (Maduro) Não é um patrocinador de terrorismo", afirmou Amorim, defendendo que o presidente venezuelano não pode ser tratado como um inimigo global.

◉ EUA e Caracas divergem sobre operação militar

Os Estados Unidos alegam que a operação militar no mar do Caribe tem como objetivo combater o tráfico de drogas. O governo da Venezuela, por outro lado, denuncia que a ação faz parte de um plano para derrubar o presidente Nicolás Maduro. Além da mobilização de navios de guerra, o presidente Donald Trump afirmou ter autorizado também uma ofensiva terrestre na Venezuela, sustentando que a medida mira os cartéis de drogas.

◉ Brasil defende o diálogo e a soberania venezuelana

Celso Amorim, reconhecido por seu histórico diplomático, destacou que ações militares desse tipo agravam tensões regionais e ameaçam a paz internacional. "Essas iniciativas, sob qualquer pretexto, precisam ser vistas com extrema cautela", alertou o ex-ministro das Relações Exteriores.

Embora o presidente Lula participe de uma reunião com Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, no próximo domingo (26), Amorim informou que não acompanhará a comitiva brasileira. "Não integrarei a viagem porque estarei em outro compromisso. Vou ao Fórum da Paz em Paris", explicou.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

IPCA-15, a prévia da inflação, desacelera a 0,18% em outubro

Segundo dados do IBGE, o índice acumula alta de 3,94% no ano e 4,94% em 12 meses

        Mulher faz compras em supermercado (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou alta de 0,18% em outubro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa queda de 0,30 ponto percentual em relação a setembro, quando o índice havia avançado 0,48%.

De acordo com o IBGE, o IPCA-15 acumula alta de 3,94% em 2025 e 4,94% nos últimos 12 meses, resultado inferior aos 5,32% observados no período anterior. Em outubro de 2024, a taxa havia sido de 0,54%, indicando uma desaceleração mais consistente da inflação.

● Transportes puxam alta

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis apresentaram aumento em outubro. O setor de Transportes teve a maior influência positiva, com avanço de 0,41% e impacto de 0,08 ponto percentual no índice geral.

Os combustíveis (1,16%) e as passagens aéreas (4,39%) foram os principais responsáveis pela alta. O etanol (3,09%), a gasolina (0,99%) e o óleo diesel (0,01%) registraram aumento, enquanto o gás veicular teve leve recuo de 0,40%. Também contribuíram para o resultado os reajustes em ônibus urbano (0,32%) e metrô (0,03%).

● Despesas pessoais e habitação apresentam variações moderadas

O grupo Despesas Pessoais subiu 0,42%, impulsionado por cinema, teatro e concertos (2,05%), pacotes turísticos (1,97%) e empregados domésticos (0,52%).

Na Habitação, houve desaceleração significativa: o índice passou de 3,31% em setembro para 0,16% em outubro. A principal influência negativa veio da energia elétrica residencial, que caiu 1,09%, refletindo a adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Mesmo assim, subitens como gás de botijão (1,44%) e aluguel residencial (0,95%) tiveram alta e evitaram uma queda maior no grupo.

● Alimentação tem quinta queda consecutiva

O grupo Alimentação e bebidas, o de maior peso no IPCA-15, apresentou recuo de 0,02%, marcando a quinta queda consecutiva. A alimentação no domicílio caiu 0,10%, influenciada pelas reduções nos preços da cebola (-7,65%), ovo de galinha (-3,01%), arroz (-1,37%) e leite longa vida (-1,00%).

Em contrapartida, o óleo de soja (4,25%) e as frutas (2,07%) registraram aumento. A alimentação fora de casa também desacelerou, passando de 0,36% em setembro para 0,19% em outubro, com alta mais branda de lanches (0,42%) e refeições (0,06%).

● Goiânia lidera alta e Belém registra deflação

Entre as 11 regiões pesquisadas, sete apresentaram variação positiva. Goiânia teve o maior aumento (1,30%), impulsionado pelas altas expressivas do etanol (23,80%) e da gasolina (10,36%). Já Belém foi a única região com deflação (-0,14%), reflexo da queda nos preços do açaí (-6,77%) e do frango inteiro (-3,55%).

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Lula rebate jornalista e diz que não há veto a temas na reunião com Trump


       Lula em entrevista coletiva na Indonésia. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (24), durante entrevista coletiva em Jacarta, na Indonésia, que espera um encontro “tranquilo” com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para o próximo domingo (26), na Malásia. Segundo Lula, a expectativa é que a reunião resulte em “bom entendimento” entre os dois países, após semanas de tensão comercial por causa das tarifas impostas pelo governo estadunidense.

Questionado pelo repórter Américo Martins, da CNN Brasil, sobre o que o país poderia oferecer em troca de uma trégua na guerra tarifária, o presidente negou que o país tenha de “oferecer” algo aos Estados Unidos, afirmando que o jornalista estaria distorcendo suas falas.

“Eu não disse que vou oferecer isso. Você que disse. Eu não disse que vou oferecer. Eu disse que na conversa que nós temos não existe veto a nenhum assunto”, respondeu Lula.

O jornalista insistiu na pergunta, pedindo que o presidente especificasse quais áreas o Brasil poderia apresentar como pauta de negociação. Lula respondeu que a conversa deve abranger temas amplos e que o objetivo é manter o diálogo aberto.

“Podemos discutir de Gaza a Ucrânia, a Rússia, Venezuela, sabe? Há materiais críticos, sabe? Minerais, há terras raras. Podemos discutir qualquer assunto. Qualquer assunto nós podemos discutir. O que eu disse é que não tem veto e vamos depender do que ele vai propor”, declarou.

Veja o momento da fala de Lula:


O petista afirmou ainda que o principal tema da reunião será a sobretaxa imposta pelo governo estadunidense a produtos brasileiros. Trump anunciou em julho tarifas de até 40% sobre exportações do Brasil, alegando motivos políticos e de “emergência nacional”. Lula rebateu a justificativa e disse que o argumento usado pelos EUA “não tem sustentação”.

“Essa reunião tem um assunto típico, que é a taxação que foi feita ao Brasil, que nós não concordamos com ela porque ela não é verídica. A tese pela qual se taxou o Brasil não tem sustentação em nenhuma verdade”, afirmou.

O presidente acrescentou que, ao contrário do que sugerem os motivos apresentados por Washington, os Estados Unidos têm sido beneficiados no comércio bilateral.

“Os Estados Unidos têm superávit de 410 bilhões de dólares em 15 anos com o Brasil. Então, não tem sustentação a tese de que não há direitos humanos no Brasil ou de que o país persegue o ex-presidente. Quem comete crime no Brasil é julgado e, se for culpado, é punido”, concluiu.

A reunião entre Lula e Trump está prevista para ocorrer à tarde, em Kuala Lumpur, durante a 47ª Cúpula da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático).

Será o primeiro encontro entre os dois desde a retomada da guerra comercial. A comitiva brasileira contará com ministros das áreas econômica e de relações exteriores, que devem acompanhar as discussões sobre tarifas, meio ambiente e comércio bilateral.

Fonte: DCM